Papa Francisco se une ao apelo dos familiares das vítimas da explosão em Beirute

26 de Agosto de 2024
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Em 4 de agosto de 2020, um incêndio devastador ocorreu no Armazém 12 do Porto de Beirute, no Líbano, resultando na destruição de bairros inteiros, 220 mortos e mais de 6.500 feridos. Quatro anos após o trágico evento, a busca por respostas e pela responsabilização dos culpados ainda enfrenta obstáculos, com os responsáveis recebendo proteção que adia o processo judicial.

Nesta segunda-feira, 26 de agosto, o Papa Francisco teve um encontro comovente no Vaticano ao receber os familiares das vítimas da explosão.

"Rezei muito por vocês e por seus entes queridos, e continuo a rezar, unindo minhas lágrimas às suas. Hoje, agradeço a Deus por poder encontrá-los e expressar pessoalmente a minha proximidade", disse Francisco, consolando os presentes. Ele destacou que o Pai celeste conhece cada um dos rostos das vítimas, mencionando especialmente uma criança chamada Alexandra.

"Com vocês, clamo por verdade e justiça, que ainda não foram alcançadas: verdade e justiça", continuou o Pontífice, reconhecendo que a questão é complexa e carregada de interesses conflitantes. "Mas a verdade e a justiça devem prevalecer sobre tudo", acrescentou. "Quatro anos se passaram. O povo libanês, especialmente vocês, tem o direito a palavras e ações que demonstrem responsabilidade e transparência."

O Papa também mencionou a guerra entre Palestina e Israel, lembrando que o Líbano também sofre as consequências desse conflito. Ele ressaltou que toda guerra deixa o mundo em pior estado, sendo uma falência da política e da humanidade.

"Com vocês, imploro ao Céu pela paz que os homens têm dificuldade em construir na terra", afirmou Francisco. Ele reiterou que o Líbano é e deve permanecer um símbolo de paz, como disseram seus predecessores, mas que hoje o país está martirizado.

O Pontífice expressou sua gratidão aos membros da Igreja libanesa que continuam ao lado dos que sofrem. "Vocês não estão sozinhos, e não os deixaremos sozinhos; permaneceremos solidários através da oração e da caridade concreta", garantiu.

Francisco encerrou com uma mensagem de esperança: "Em vocês, vejo a dignidade da fé, a nobreza da esperança". Ele lembrou que os cedros, símbolo do Líbano, nos convidam a elevar o olhar ao Céu, pois "em Deus está a nossa esperança, que não desilude". O Papa concluiu pedindo a proteção da Virgem Maria, do Santuário de Harissa, sobre os presentes e todo o povo libanês, e concedeu sua bênção apostólica.

Fonte: Vatican News

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