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Preservar vozes e rostos humanos, tema do Dia das Comunicações Sociais 2026 29/09/2025
O comunicado, publicado pelo Dicastério para a Comunicação, explica que "nos ecossistemas comunicativos de hoje, a tecnologia influencia as interações de maneira nunca antes conhecida – desde os algoritmos que selecionam conteúdo nos feeds de notícias até à inteligência artificial que redige inteiros textos e conversas".
De acordo com o texto, "a humanidade hoje tem possibilidades impensáveis há apenas alguns anos. Contudo, embora essas ferramentas ofereçam eficiência e alcance, elas não podem substituir as capacidades unicamente humanas de empatia, ética e responsabilidade moral. A comunicação pública exige julgamento humano, não apenas esquemas de dados. O desafio é garantir que a humanidade continue sendo o agente orientador".
O futuro da comunicação deve garantir que as máquinas sejam ferramentas a serviço e conexão da vida humana, e não forças que corroem a voz humana.
"Temos grandes oportunidades. Ao mesmo tempo, os riscos são reais. A inteligência artificial pode gerar conteúdos envolventes, mas enganosos, manipulativos e prejudiciais, replicar preconceitos e estereótipos presentes nos dados de treinamento, e amplificar a desinformação ao simular vozes e rostos humanos", ressalta ainda o comunicado divulgado pelo Dicastério para a Comunicação. "Também pode invadir a privacidade e a intimidade das pessoas sem o seu consentimento. Uma dependência excessiva da IA enfraquece o pensamento crítico e as habilidades criativas, enquanto o controle monopolista desses sistemas levanta preocupações sobre a centralização do poder e as desigualdades", sublinha.
De acordo com o comunicado, "torna-se cada vez mais urgente introduzir a alfabetização mediática nos sistemas educacionais, ou até mesmo a alfabetização no campo da IA (MAIL, ou seja, Media and Artificial Intelligence Literacy) . "Como católicos, podemos e devemos dar a nossa contribuição, para que as pessoas – especialmente os jovens – adquiram a capacidade de pensar criticamente e cresçam na liberdade de espírito", conclui o texto.
Fonte: Vatican News
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A história da oração a são Miguel Arcanjo do papa Leão XIII 29/09/2025
Não existe um relato histórico definitivo sobre o que exatamente aconteceu com o papa Leão XIII para que, na década de 1880, escrevesse a conhecida oração a são Miguel Arcanjo. Entretanto, testemunhos presenciais asseguraram que o pontífice teve uma visão na qual Satanás apareceu, o que o motivou a pedir a intercessão de São Miguel para toda a Igreja.
No livro “Um exorcista conta-nos”, do falecido exorcista italiano Gabrielle Amorth, narra-se que um sacerdote chamado Domenico Pechinino conhecei pessoalmente o que levou o papa Leão XIII a escrever a oração.
Este relatou o seguinte: “Não recordo o ano exato. Uma manhã, o Sumo Pontífice Leão XIII tinha celebrado a Santa Missa e estava assistindo a outra, de agradecimento, como era habitual. Logo, eu o vi levantar energicamente a cabeça e, em seguida, olhar algo por cima do celebrante. Olhava fixamente, sem piscar, mas com ar de terror e de espanto, desfigurado. Algo estranho, grande, ocorria com ele”.
“Finalmente, como voltando em si, com um rápido mas enérgico gesto levanta-se. Ele é visto se encaminhar ao seu escritório particular. Os familiares o seguem com pressa e ansiedade. Dizem a ele em voz baixa: ‘Santo Padre, não se sente bem? Precisa de alguma coisa?’. Resposta: ‘Nada, nada’. Depois de meia hora, chama o secretário da Congregação dos Ritos e, entregando-lhe uma folha, manda imprimi-la e enviá-la a todos os bispos diocesanos do mundo”, disse.
“O que continha? A oração que rezamos ao final da Missa junto com o povo, com a súplica a Maria e a ardorosa invocação ao príncipe das milícias celestiais, implorando a Deus que volte a lançar Satanás ao inferno”, concluiu.
A oração de São Miguel se acrescentou em 1886 às outras “orações Leoninas” que o papa havia mandado recitar depois de 1884.
Segundo a tradição, o que motivou o papa Leão XIII a escrever a oração foram as terríveis imagens que viu e escutou.
“Vi demônios e ouvi seus gritos, suas blasfêmias, sua zombaria. Ouvi a voz sinistra de Satanás desafiando Deus, dizendo que ele poderia destruir a Igreja e levar o mundo inteiro para o inferno se tivesse tempo e poder suficientes. Satanás pediu a Deus permissão para ter 100 anos para poder influenciar o mundo como nunca havia sido capaz de fazer antes”, disse.
A prática da oração a São Miguel esteve vigente até antes das reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II. Entretanto, os fiéis podem continuar com esta devoção de modo privado.
Oração a são Miguel Arcanjo do papa Leão XIII:
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate,
sede nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio!
Ordene-lhe Deus, instantemente o suplicamos,
e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina,
precipitai ao inferno satanás e todos os espíritos malignos
que andam pelo mundo para perder as almas.
Amém.
Fonte: ACI Digital
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A parábola do homem rico e do pobre Lázaro em Santo Ambrósio 29/09/2025
Jesus contou para os seus discípulos a parábola do homem que tinha muitas riquezas, e de uma pessoa muito pobre, Lázaro (cfr. Lc, 16,19-31). Os dois estavam próximos e ao mesmo tempo distantes. O Senhor quis dizer que a vida eterna ou a condenação eterna iniciam neste mundo e no julgamento após a morte as coisas se darão conforme a vida vivida neste mundo. A seguir veremos nós a interpretação dada por Santo Ambrósio, Bispo de Milão no final do século IV.
A vestimenta de púrpura
A parábola colocou a realidade de uma pessoa com muitas riquezas e outra com a pobreza. A pessoa rica se vestia de púrpura, de modo a ter mundanas delícias. A pessoa se aproveitava destas situações não se importando com a vida das pessoas, sobretudo das pessoas mais necessitadas. Ela estava no deleite das realidades presentes, parecendo que tudo andasse bem1. Mas nesse caso ele só vivia para ele, não se importando com a vida das outras pessoas.A figura do pobre
Lázaro era pobre, buscando sempre ajudas mas estas foram negadas pela pessoa rica. A pessoa que tinha mais condições para ajudar a pessoa pobre ficou indiferente às suas solicitações. Segundo Santo Ambrósio era ele pobre neste mundo, mas era rico diante de Deus2. Ele era pobre em palavra, mas era rico na fé (cfr. Tg 2,5), no amor.A fé de Lázaro
Santo Ambrósio afirmou que a passagem da Sagrada Escritura aludiria a fé de Lázaro e que foi rejeitada da mesa do rico. Suas feridas sem dúvida horrorizaram o desgostoso rico porque em meio aos seus suntuosos banquetes, na companhia de perfumados convivas certamente não tolerava o mau cheiro daquelas feridas, enquanto os cães as lambiam, porque para o rico o odor do ar da própria natureza proporcionava repugnância3.Alheios à condição humana
A parábola colocou insolência e a altivez da pessoa rica traduzida em sinais apropriados, pois ela era de maneira alheia à condição humana, indiferente ao sofrimento do pobre, como se estivesse situado acima da natureza humana, encontrando nas misérias dos pobres, incentivos a seus prazeres, chegando a rir do miserável, insultar o faminto e despojar-se daqueles de quem conviria apiedar-se com amor4.A comida do pão e a evangelização dos pagãos
Certamente Lázaro não teve a graça da comida do pão material. Ele a terá do pão espiritual, a vida eterna com o Senhor Jesus. Santo Ambrósio colocou um ponto importante da evangelização dos povos pagãos, a sua vocação, sendo como que as feridas lambidas pelos cães: “Voltarão ao entardecer, e terão fome como cães”(Sl 58,15). Ou mesmo como o reconhecimento do mistério da cananéia quando o Senhor disse para ela que “Ninguém toma o pão dos filhos e o lança aos cães”(Mt 15,26). A mulher cananéia afirmou que os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos (cfr. Mt 15,27). Estas migalhas são do pão que é o Verbo, e a fé no Verbo, as migalhas como pontos fundamentais da doutrina da fé em Jesus. Por isso Jesus disse para ela que grande era a sua fé (cfr. Mt 15,28)5.Louvor às coisas
Santo Ambrósio louvou as situações de vida do pobre Lázaro, no sentido que aquelas feridas impediram uma dor perpétua como a pessoa que estava na riqueza. As migalhas seriam especiais, pois elas repeliram um sempiterno jejum que seriam após a morte cumulados de eternos alimentos. As migalhas eram as palavras das Escrituras, que dão vida e salvação às pessoas6. Santo Ambrósio colocou a pobreza como sinal de confiança dos pobres em Deus, de libertação para uma vida digna, como as bem-aventuranças tem presentes (cfr. Lc 6, 20).O grande abismo
Entre o rico e o pobre, houve um grande abismo, porque após a morte os méritos ou os sofrimentos não puderam mudar-se de modo que o pobre estava no seio de Abraão, na felicidade e o rico foi colocado no inferno, desejoso de haurir, buscar no patriarca e nele uma brisa refrescante (cfr. Lc 16,22-24)7. O valor da água é importante porque ela é também o refrigério da alma posta entre dores, na qual o profeta Isaias afirmou que brotará água com deleite das fontes da salvação (cfr. Is 12,3). Existe segundo o Bispo de Milão a tortura antes do julgamento porque para o luxurioso carecer de delícias seria uma pena tendo presentes as palavras do Senhor que haverá choro e ranger de dentes, quando as pessoas virem Abraão, Isaac e Jacó e todos os profetas no Reino de Deus (cfr. Lc 16,9)8.Ser mestre
A parábola quer ensinar às pessoas, o valor da partilha, a busca pelo bem, pela paz e o amor entre as pessoas com Deus, para ser mestre em Deus. A situação foi contrária à pessoa rica, quando tinha um tempo para aprender, para viver o amor, mas ela se fechou aos sofrimentos das pessoas. A passagem da Escritura quis colocar pelo ensinamento do Mestre Jesus que o Antigo Testamento era o fundamento da fé, da esperança e do amor, até a sua vinda, sendo desta forma, o cumpridor das Escrituras. O ensinamento fundamental da parábola é a doação das coisas para as pessoas mais necessitadas em vida, doar aos pobres9, os prediletos do Reino dos céus (cfr. Lc 6,20).
Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)
Fonte: CNBB -
Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa é reconhecida como manifestação cultural nacional 11/09/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na segunda-feira (8) a lei que reconhece a Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa como manifestação cultural nacional. Uma das mais antigas manifestações religiosas do Brasil e a maior da Bahia, a romaria reúne anualmente cerca de 600 mil pessoas.
"A Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa é um dos maiores exemplos da força da fé e da cultura do nosso povo”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino. “Ao reconhecermos oficialmente essa tradição como manifestação da cultura nacional, estamos garantindo que ela seja preservada e valorizada, além de impulsionar o turismo religioso, que gera emprego, renda e fortalece a identidade brasileira”, acrescentou.
Segundo o governo, a lei sancionada autoriza o poder público a estabelecer diversas políticas públicas relacionadas ao tema, como garantir a segurança dos romeiros, promover a celebração dos atos religiosos, destinar apoio aos romeiros nas ações que envolvam as celebrações e registrar a Romaria no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como bem cultural de natureza imaterial.
A Romaria de Bom Jesus da Lapa acontece na cidade baiana de mesmo nome, de 28 de julho a 6 de agosto, dia em que a Igreja celebra da Transfiguração do Senhor.
A devoção ao Bom Jesus começou em 1691. O português Francisco de Mendonça Mar distribuiu seus bens e andava pelos sertões carregando um crucifixo do Bom Jesus e uma imagem de Nossa Senhora da Soledade. Ao ver o morro, ele quis ficar dentro de uma gruta onde fez um altar e começou a viver ali como eremita, na solidão.
A notícia de que um homem caridoso com “vida de santo” morava na gruta se espalhou pela região e os habitantes começaram a frequentá-la em busca de oração, começando assim as primeiras romarias.
O santuário do Bom Jesus da Lapa é gerido atualmente pelos redentoristas e sua igreja é conhecida como a Igreja de Pedra e Luz, pois fica dentro da gruta de pedra onde Francisco viveu com a imagem do Bom Jesus e de Nossa Senhora da Soledade. É o primeiro santuário natural do país e uma das sete maravilhas do Brasil.
Em 2023, a romaria foi declarada patrimônio cultural imaterial da Bahia.
Fonte: ACI Digital
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Carlo Acutis: o primeiro santo da geração millennial, exemplo de santidade para os jovens 11/09/2025
Jovem italiano conhecido como “padroeiro da internet” é proclamado santo neste 7 de setembro, marcando a primeira canonização do pontificado do novo Papa
Em uma cerimônia marcada pela emoção e pela forte presença de jovens de todo o mundo, o Papa Leão XIV canonizou neste domingo Carlo Acutis, proclamando oficialmente santo aquele que já era considerado por muitos como um símbolo da fé jovem e conectada. A canonização, realizada na Praça de São Pedro, foi a primeira do pontificado de Leão XIV e atraiu milhares de fiéis, especialmente da Itália, Brasil e Costa Rica.Quem foi Carlo Acutis?
Carlo Acutis nasceu em Londres, em 3 de maio de 1991, filho de pais italianos que estavam na capital inglesa a trabalho. Pouco tempo depois, a família se estabeleceu na Itália. Desde muito jovem, Carlo demonstrava uma espiritualidade profunda e um amor incondicional pela Eucaristia, que ele chamava de sua "estrada para o céu".
Faleceu em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de uma leucemia fulminante. Sua morte coincidiu com a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, data significativa para os católicos brasileiros.Primeiro santo da geração digital
Carlo ficou conhecido como o "padroeiro da internet" por usar seus conhecimentos em informática para evangelizar. Ele criou um site dedicado a documentar milagres eucarísticos reconhecidos pela Igreja, reunindo mais de 130 casos em uma exposição que rodou o mundo. Seu trabalho inspirou milhares de jovens a conhecerem e aprofundarem a fé por meio das redes e tecnologias.
Durante sua vida, usava a mesada para ajudar os pobres, rezava o terço diariamente e era assíduo nas missas. Após a Primeira Comunhão, passou a comungar todos os dias e oferecia seus pequenos sacrifícios por aqueles que não amavam Jesus.Milagres reconhecidos
A beatificação de Carlo ocorreu em 10 de outubro de 2020, em Assis, após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão: a cura de Matheus Vianna, um menino brasileiro de Campo Grande (MS), que se recuperou de uma rara doença no pâncreas após tocar uma relíquia do jovem italiano.
Já o milagre que levou à canonização foi a recuperação de Valeria Valverde, jovem da Costa Rica que sofreu um grave acidente de bicicleta em Florença, resultando em traumatismo craniano. Sua mãe, em peregrinação ao túmulo de Carlo em Assis, pediu sua intercessão - dias depois, Valeria começou a se recuperar de forma inexplicável.Uma fé vivida com simplicidade e profundidade
Mesmo doente, Carlo manteve uma postura serena e altruísta. Ofereceu seu sofrimento "pelo Papa e pela Igreja", desejando ir direto ao céu, sem passar pelo purgatório. Em seus últimos dias, preocupava-se mais com os outros do que consigo mesmo.
Seu corpo repousa em Assis, no Santuário do Despojamento, onde também está São Francisco. Foi nesta cidade que Carlo aprendeu a importância da caridade e do respeito à criação, envolvendo-se em ações sociais e evangelização, sempre inspirado pela vida franciscana, embora sem seguir a vocação religiosa formalmente.Um modelo para os jovens do século XXI
Carlo Acutis tornou-se uma referência para adolescentes e jovens de todo o mundo. Sua vida demonstra que é possível viver a santidade no cotidiano: na escola, com os amigos, nas redes sociais, em casa. Ele não se deixou levar pelos modismos da época, mas escolheu um caminho de fé sólida, caridade ativa e dedicação ao próximo.
Durante a Jornada Mundial da Juventude de 2023, em Lisboa, Carlo foi um dos patronos oficiais, e sua mensagem continua ecoando entre as novas gerações:
"“Todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias.”"Um santo para os nossos tempos
A canonização de Carlo Acutis é um marco na história recente da Igreja. Representa a confirmação de que a santidade está ao alcance de todos, inclusive dos jovens imersos no mundo digital. Seu testemunho de fé, amor e esperança renova o olhar da Igreja sobre o papel da juventude no presente e no futuro.
Carlo Acutis, rogai por nós.
por Wander Soares -
Pastoral Urbana: desafios e perspectivas 11/09/2025
A editora Edições CNBB realizou, na tarde de ontem, 9, a primeira live do ciclo que vai aprofundar o tema “Pastoral Urbana: desafios e perspectivas”. Com transmissão pelo Youtube, os encontros virtuais têm como base o livro de mesmo título que apresenta reflexões sobre o papel da Igreja nos contextos urbanos.
"“A publicação que embasa as partilhas é fruto de um congresso realizado em 2024 na PUC-RS e queremos partilhar, refletir algumas temáticas importantes que foram aprofundadas durante as conferência desse congresso”, recordou o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos."
A referência é ao Congresso Teológico Internacional de Pastoral Urbana, realizado entre os dias 4 a 6 de março do ano passado, como espaço de reflexão sobre a realidade urbana, a fim de contribuir para uma resposta atualizada da Teologia e da Pastoral aos desafios emergentes do contexto urbano, em vista de qualificar a reflexão e a ação de seus agentes, bem como atender às demandas da Evangelização na atualidade, em preparação para o Jubileu deste ano de 2025.
Para ele, a proposta é que o clero, os agentes de pastoral e fiéis "“possam conhecer o texto, conhecer toda a reflexão e assim darmos passos em nossa ação evangelizadora”.“Somos desafiados, hoje, diante do contexto atual, a continuarmos anunciando o Evangelho de Jesus Cristo na realidade urbana e plural que vivemos hoje”."
A irmã Maria Aparecida Barboza, mediadora da oração na live, resumiu a proposta da live a partir da mística, refletindo que “a cidade, com sua complexidade, exige uma pastoral que fale ao coração”.
"“E essa live, com esse tema da Pastoral Urbana: desafios e perspectivas, ao ser realizada neste mês de setembro, nos motiva a esse olhar contemplativo à cidade, para perceber o verbo encarnado, Ele que armou a sua tenda no meio de nós”."
Nesta primeira live, o padre Tiago de Fraga Gomes, professor da PUCRS, fez a introdução geral ao texto, e ajudou com reflexões sobre o papel da Igreja nos contextos urbanos.Para ele, o livro “Pastoral Urbana: desafios e perspectivas” é fruto de muitos esforços de compreender a ação pastoral no âmbito da urbanidade."“Hoje, podemos dizer que a Pastoral Urbana é como o nervo de toda a ação pastoral, é aquela sensibilidade toda especial que o âmbito da urbanidade lança sobre toda a nossa vida pastoral que está interligada, interconectada”."Fonte: CNBB -
Na catequese, Papa Leão XIV fala sobre o verdareiro perdão 21/08/2025
Na catequese desta quarta-feira, o Papa Leão 14 refletiu sobre o verdadeiro sentido do perdão e convidou os fiéis a um dia de jejum e oração pela paz e justiça na próxima sexta-feira, 22 de agosto.
Diante de milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, na Basílica e na Praça de São Pedro, o pontífice recordou o gesto de Jesus na Última Ceia, ao lavar os pés e oferecer o pão até mesmo a quem o trairia. Para o Papa, esse gesto revela a essência do amor divino: “Amar até o fim, esta é a chave para compreender o coração de Cristo, um amor que não se detém perante a rejeição, a desilusão ou mesmo a ingratidão”, afirmou.
Ao longo de sua mensagem, Leão 14 insistiu que o perdão é mais do que um ato humano condicionado ao arrependimento do outro. Segundo ele, trata-se de uma oferta que brota da liberdade de amar. “O verdadeiro perdão não espera pelo arrependimento, mas se oferece primeiro como um dom gratuito, antes mesmo de ser aceito”, ensinou o Santo Padre.
O Papa sublinhou que perdoar não significa negar o mal sofrido, mas superá-lo pelo amor, transformando o ressentimento em paz e devolvendo a dignidade a quem perdoa. Ele convidou os fiéis a pedirem a graça de perdoar mesmo quando não compreendidos ou até mesmo rejeitados.
Ao final da audiência, Leão 14 voltou a manifestar preocupação com os conflitos no mundo, especialmente na Terra Santa e na Ucrânia. Pediu que a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha, celebrada nesta sexta-feira, seja vivida como um dia de jejum e oração pela paz. O pontífice concluiu sua mensagem rogando para que “o Senhor enxugue as lágrimas daqueles que sofrem por causa dos conflitos armados”.
por Wander Soares
Fonte: Cançao Nova Not
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Jesus nos convida a permanecer fiéis à verdade na caridade, Papa Leão XIV 19/08/2025
Neste domingo, 17, o Papa Leão XIV rezou o Angelus na Piazza della Libertà em Castel Gandolfo. Diante dos milhares de fiéis reunidos, o Pontífice apresentou uma breve reflexão sobre o Evangelho do 20º Domingo do Tempo Comum (Lc 12, 49-53).
Em sua meditação, o Santo Padre afirmou que a missão de Cristo e seus discípulos não está livre de contradições. “Hoje, o Evangelho apresenta-nos um texto exigente, no qual, com imagens fortes e grande franqueza, Jesus diz aos discípulos que a sua missão, e também a dos que o seguem, não é só ‘um mar de rosas’”, expressou.
Leão XIV recordou que a própria vida de Jesus é marcada pela rejeição e perseguição, apesar da mensagem de amor e justiça que anunciava. Assim também viveram as primeiras comunidades cristãs descritas nos Atos dos Apóstolos: pacíficas, mas alvo de hostilidade.
Neste contexto, o Papa pontuou que o bem nem sempre encontra acolhimento, mas pode gerar resistência e perseguição. Por isso, exortou os presentes à perseverança:
“Agir segundo a verdade tem um custo, porque no mundo há quem opte pela mentira e porque o diabo, aproveitando-se disso, muitas vezes procura impedir a ação dos bons. Jesus, porém, convida-nos, com a sua ajuda, a não desistir e a não nos conformarmos com esta mentalidade, mas a continuar a agir em prol do nosso bem e do bem de todos, mesmo de quem nos faz sofrer”.Seguir a verdade exige sacrifícios
O Pontífice frisou que Cristo convida seus seguidores a não responder à prepotência com a vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade. “Os mártires dão testemunho disso derramando o seu sangue pela fé, mas também nós, em circunstâncias diferentes e de outro modo, os podemos imitar”, sublinhou.
Frente a isso, o Santo Padre apontou que seguir a verdade exige sacrifícios também na vida cotidiana. Pais que educam os filhos, professores que formam seus alunos, profissionais e políticos que agem com honestidade: todos são chamados a pagar o preço da coerência evangélica.
Leão XIV evocou as palavras de Santo Inácio de Antioquia, que a caminho do martírio em Roma escreveu: “não quero que sejais estimados pelos homens, mas por Deus; prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar sobre todos os confins da terra”.
Ao final da reflexão, o Papa confiou todos à proteção de Nossa Senhora, pedindo que ela “nos ajude a ser, em todas as circunstâncias, testemunhas fiéis e corajosas do seu Filho”.
Fonte: Cançao Nova Not
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O mistério de Deus Uno e Trino em Santo Agostinho 19/08/2025
Nós acreditamos em Deus Uno e Trino que se manifestou seja pela Sagrada Escritura, o Antigo Testamento, seja por Jesus Cristo, pelo Novo Testamento. É claro que pela noção do Antigo Testamento nós temos mais uma doutrina de um Deus único, percebido no monoteísmo dos Profetas, sobretudo com Elias, Jeremias falaram bem ousadamente estes pontos. Já no Novo Testamento com Jesus Cristo nós temos a revelação de Deus Uno e Trino, porque Jesus é a imagem do Pai, e o Espírito Santo desceu nele por ocasião da saída das águas do rio Jordão no batismo(cfr. Mt 3,16). Santo Agostinho de Hipona foi um bispo dos séculos IV e V que desenvolveu toda uma doutrina em relação ao mistério de Deus Uno e Trino. Veremos a seguir alguns pontos fundamentais de seu pensamento.
A substância de Deus
O bispo de Hipona afirmou que a substância de Deus é simples, imutável. Para chegar à esta conclusão ele afirmou que a criatura humana é sempre múltipla, nunca simples. O corpo humano, por exemplo, tem várias partes, umas maiores e outras menores. O céu e a terra constam de partes inumeráveis. A natureza de Deus é imutável já a criatura é mutável[1]. A fé cristã conduz à concepção do Deus único.Os nomes divinos
Deus é chamado com nomes múltiplos como grande, bom, bem-aventurado, veraz e outros nomes. A sua grandeza é a sua sabedoria, não pelo volume, mas sim pelo poder. A sua bondade é sua sabedoria e grandeza, como também a sua veracidade. Tudo isso se refere aos seus atributos. Nele não são realidades diferentes o ser feliz, o ser grande ou veraz ou bom, porque há uma única realidade, a sua natureza, o ser de Deus[2].Deus é Trino
Deus é Trindade: isto é o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus, não se tratando de três deuses, mas um único Deus em três Pessoas. As Pessoas não são concebidas de uma forma separada, mas juntas, de modo que não é Tríplice. As Pessoas divinas são inseparáveis, porque o Pai está com o Filho e o Filho está com o Pai e o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho. As Pessoas estão juntas, de modo que nunca nenhuma está só[3]. Quando se chama o Pai, é só o Pai assim como as outras duas Pessoas divinas, também pelo fato de que as outras duas Pessoas não são o Pai[4].A natureza de Deus Uno
Santo Agostinho afirmou que as Pessoas divinas não podem ser vistas de uma forma separada, mas unidas formando a natureza divina, não como quarto elemento na dimensão divina, mas é um Deus em três Pessoas. Se na realidade das coisas, o ser maior é igual a ficar melhor, porque pode haver as mudanças das coisas, em Deus, não é assim, porque a sua natureza é imutável, inacessível. O nosso ser torna-se maior quando se une ao Senhor.
Em Deus, única natureza o Filho se une ao Pai que lhe é igual e o Espírito Santo também igual ao Pai e ao Filho, de modo que não se torna maior do que cada uma das Pessoas, pois nisso está perfeição, de modo que perfeito é o Pai, perfeito é o Filho, perfeito é o Espírito Santo. Desta forma digamos perfeito é Deus Pai, Filho, e Espírito Santo, sendo Deus Trindade, não tríplice, três pessoas separadas, ou sendo três deuses, mas um único Deus em Três Pessoas[5].A demonstração de um só Deus em três Pessoas
A nossa fé afirma que Deus é dado no Pai e no Filho e no Espírito Santo. O Deus único e verdadeiro, diz Santo Agostinho não é somente o Pai, mas é o Pai, o Filho e o Espírito Santo[6]. Se alguma das pessoas humanas perguntar se o Pai é Deus, o fiel responderá que sim, mas não somente Ele, mas que o único Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. As três pessoas juntas são o Deus único e verdadeiro[7].A fé em Deus Uno e Trino
Santo Agostinho disse deixando de lado a compreensão racional do mistério dos mistérios, manifesta a fé, a esperança e a caridade na mais perfeita igualdade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Na Trindade, tudo é dado na origem mais sublime de todas as coisas e graças, assim como a beleza, a alegria e o amor infinitos. Nós manifestamos a fé em cada das Pessoas divinas, está em cada uma das outras, e todas em cada uma, e cada uma em todas estão em todas, e todas são um. Assim acreditamos que Deus é Uno e é também Trino[8].
Nós somos chamados a viver e a testemunhar para os outros e para o mundo o mistério de Deus Uno e Trino, assim como fez Santo Agostinho. Ele criou as coisas e os seres humanos de uma forma tão bem que bendizemos o seu nome. Ele mora em nossos corações. Lutemos pela paz para que o mundo seja um local de justiça, de amor entre as pessoas e entre os povos. Nós somos chamados a amar a Deus, ao próximo como a si mesmo. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, Deus Uno e Trino agora e por toda a eternidade.Dom Vital CorbelliniBispo de Marabá – PAFonte: Vatican News
https://www.vaticannews.va_________________________________________[1][1] Cfr. A Trindade, VI,6,8. In: Santo Agostinho. São Paulo: Paulus, 1994, pgs. 224-225.
[2] Cfr. Idem, pg. 225.
[3] Cfr. Ibidem, 6,9a, pgs. 225-226.
[4] Cfr. Ibidem, pg. 226.
[5] Cfr. Ibidem, pgs. 226-227.
[6] Cfr. Ibidem, pg. 227.
[7] Cfr. Ibidem, pg. 227.[8] Cfr. Ibidem, 229-231.
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Nossa Senhora é um exemplo de Fé e Esperança para a juventude 18/08/2025
Nossa Senhora é, para todos os cristãos, o mais puro exemplo de confiança em Deus e de entrega total ao Seu projeto de amor. Sua história não é apenas um relato distante, mas um convite vivo para que cada jovem descubra, em sua própria vida, a força que brota da fé. Maria, mesmo jovem, foi capaz de dizer “sim” a um chamado que transformaria a história da humanidade. Seu exemplo mostra que a verdadeira grandeza não está no poder, mas na humildade e na disposição de servir.
Para os jovens, a figura de Maria revela que é possível ser corajoso mesmo diante das incertezas e desafios. Ela não se deixou paralisar pelo medo, mas confiou no plano de Deus. Num mundo marcado por pressões, comparações e inseguranças, Maria ensina que a verdadeira identidade está enraizada no amor de Deus, não nas opiniões alheias. Maria é o impulso corajoso que vence o medo. Num tempo marcado por dúvidas, incertezas e pressões de todos os lados, ela mostra que a verdadeira liberdade nasce quando se confia em Deus.
Nossa Senhora ensina que não somos definidos pelas críticas, pelas comparações ou pelos padrões impostos, mas sim pelo amor infinito daquele que nos criou. Seu exemplo convoca cada jovem a erguer a cabeça, a sonhar alto e a caminhar com firmeza, mesmo quando o mundo parece querer desanimar.
Entretanto, vivemos tempos em que muitos jovens se deixam levar pelo imediatismo, querendo tudo rápido, sem paciência para o processo e sem disposição para ouvir o silêncio de Deus. Essa pressa gera frustração, superficialidade e uma incapacidade de perceber o sofrimento do outro. Maria nos mostra o contrário: ela soube esperar, meditar e acolher. Sua vida ensina que compaixão é mais do que sentir pena; é colocar-se no lugar do outro, estender a mão, caminhar junto, ser presença quando o mundo vira as costas. É isso que falta ao coração apressado: a capacidade de parar, enxergar o próximo e oferecer amor sem medidas.
Seguindo o exemplo de Nossa Senhora, cada jovem é chamado a cultivar valores como a escuta atenta, a solidariedade e a perseverança. Maria se fez próxima dos que sofrem, esteve ao lado de seu Filho até a cruz e continua intercedendo por todos. Isso inspira os jovens a não desistirem, mesmo quando a caminhada parece difícil.
Que Nossa Senhora seja, para cada coração jovem, uma chama que não se apaga, uma força que impulsiona, um abraço que acolhe e uma esperança que renova. Que sua vida inspire a juventude a viver com coragem, esperança e alegria, sendo sinais do amor de Deus no mundo. Que o exemplo de Maria inspire uma juventude ousada, apaixonada pela vida e disposta a ser sinal do amor de Deus no mundo. Ao seguir seus passos, cada jovem descobrirá que todo “sim” dado a Deus é capaz de transformar destinos e escrever histórias extraordinárias e que, ao se colocar a serviço, encontram o verdadeiro sentido de sua existência.
Prof. Robson Ribeiro
Filósofo, Historiador e Teólogo
Fonte: Vatican News
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