Nossa missão não é um mar de rosas, também é um sinal de contradição, diz Leão XIV
18/08/2025
Durante a oração do Ângelus, neste domingo (17), em Castel Gandolfo, o papa Leão XIV refletiu sobre a exigência do seguimento de Cristo, lembrando que os discípulos são chamados a ser “sinais de contradição” no mundo, mesmo diante de perseguições, incompreensões e sofrimentos.
O pontífice iniciou sua mensagem comentando o Evangelho de São Lucas (12, 49-53), em que Jesus afirma ter vindo “trazer fogo à terra”. Segundo Leão XIV, esse texto mostra que a missão cristã não é um caminho fácil: “Jesus diz aos discípulos que a sua missão, e também a dos que o seguem, não é só um mar de rosas, mas é sinal de contradição”.
O papa recordou que o próprio Cristo enfrentou rejeição, insultos, prisão e crucifixão, mesmo anunciando uma mensagem de amor e justiça. Do mesmo modo, as primeiras comunidades cristãs, relatadas nos Atos dos Apóstolos, também experimentaram perseguição apesar de viverem em paz e na partilha.
“Nem sempre o bem encontra uma resposta positiva. Muitas vezes, justamente porque a sua beleza incomoda, quem o pratica encontra oposição, prepotência e injustiças”, disse Leão XIV.
Ele destacou que agir segundo a verdade tem um custo, pois o mal e a mentira resistem ao bem. Contudo, Cristo convida os seus seguidores a não desistirem. “Jesus convida-nos a não responder à prepotência com a vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade. Os mártires testemunham isso com o sangue, mas também nós, em circunstâncias diferentes, podemos imitá-los”, afirmou.
Para exemplificar, o papa citou as dificuldades de um pai que educa seus filhos com firmeza, de um professor que deseja formar bem seus alunos ou de um profissional, religioso ou político que queira agir com honestidade: “Mais cedo ou mais tarde, terão de pagar o preço por permanecer fiéis aos princípios”.
Leão XIV também recordou o testemunho de Santo Inácio de Antioquia, que a caminho do martírio em Roma escreveu: *“Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar sobre todos os confins da terra”*.
Por fim, o pontífice pediu a intercessão de Maria, Rainha dos Mártires, para que os fiéis mantenham coragem na fé: “Que ela nos ajude a ser testemunhas fiéis em todas as circunstâncias e sustente os irmãos e irmãs que hoje sofrem perseguição pela fé”.
por Wander Soares
Fonte: ACI Digital
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