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Dez princípios para renovar a música e o canto litúrgicos, segundo são João Paulo II 20/10/2025
Em 2003, por ocasião do centenário do motu proprio Tra le sollecitudini, sobre a renovação da música sagrada, são João Paulo II deixou dez princípios para renovar o canto litúrgico e a música na missa, entre outros.
1. Centralidade da Santidade
São João Paulo observou que “é preciso sublinhar acima de tudo que a música destinada aos sagrados ritos deve ter como ponto de referência a santidade”. Por este motivo, citou as sábias palavras do são Paulo VI, que afirmou que, “se não se possui ao mesmo tempo o sentido da oração, da dignidade e da beleza, a música instrumental e vocal impede por si o ingresso na esfera do sagrado e do religioso”.2. Nem todas as músicas são aptas
“A mesma categoria de ‘música sacra’ – advertiu são João Paulo II – recebeu hoje um alargamento de significado, a ponto de incluir repertórios que não podem entrar na celebração sem violar o espírito e as normas da mesma Liturgia”.
“A reforma realizada por são Pio X visava especificamente purificar a música de igreja da contaminação da música profana teatral, que em muitos países tinha poluído o repertório e a prática musical litúrgica”, recordou o papa e assinalou que “nem todas as formas musicais podem ser consideradas aptas para as celebrações litúrgicas”.3. Cuidar da singeleza das formas
Outro princípio é “o da singeleza das formas”, ou seja, “pode existir uma música destinada à celebração dos sagrados ritos que não seja, antes, ‘verdadeira arte’, capaz de ter a eficácia ‘que a Igreja deseja obter, acolhendo na sua liturgia a arte dos sons’”.4. Respeitar os tempos
Entretanto, “esta qualidade por si só não é suficiente”, advertiu o Papa peregrino. “Os vários momentos litúrgicos exigem, de fato, uma expressão musical própria, sempre apta a fazer emergir a natureza própria de um determinado rito, ora proclamando as maravilhas de Deus, ora manifestando sentimentos de louvor, de súplica ou ainda de melancolia pela experiência da dor humana, uma experiência, porém, que a fé abre à perspectiva da esperança cristã”, manifestou São João Paulo II.5. Inculturação sem superficialidade
O papa destacou também o valor da inculturação na música litúrgica; mas assinalou que “cada inovação nesta delicada matéria deve respeitar os critérios peculiares, como a investigação de expressões musicais, que correspondam à participação necessária de toda a assembleia na celebração e que evitem, ao mesmo tempo, qualquer concessão à leviandade e à superficialidade”6. Não fazer experimentos
“O espaço sagrado da celebração litúrgica jamais deve tornar-se um laboratório de experiências ou de práticas de composição e de execução, introduzidas sem uma verificação atenta”, disse o papa.7. Elemento de unidade
O canto gregoriano, disse são João Paulo II, “ocupa um lugar particular”; porque “continua a ser também hoje, um elemento de unidade na liturgia romana”.
“São Pio X ressaltava que a Igreja ‘o herdou dos antigos padres’, ‘guardando-o ciosamente durante os séculos nos seus códigos litúrgicos’ e ainda hoje o ‘propõe aos fiéis’ como seu, considerando-o ‘como supremo modelo de música sacra’”, destacou8. Evitar a improvisação
Em geral, disse são João Paulo II, o aspecto musical das celebrações litúrgicas “não pode ser relegado nem à improvisação nem ao arbítrio de pessoas individualmente, mas há de ser confiado a uma direção harmoniosa, no respeito pelas normas e as competências, como significativo fruto de uma formação litúrgica adequada”.9. Formação sólida
Portanto, no campo litúrgico, o papa enfatizou “a urgência de promover uma formação sólida, quer dos pastores quer dos fiéis leigos”.
“São Pio X insistia particularmente sobre a formação musical do clero. Uma insistência neste sentido foi reforçada também pelo Vaticano II: ‘Dê-se-lhes grande importância nos Seminários, nos Noviciados dos religiosos e das religiosas e nas casas de estudo, assim como noutros institutos e escolas católicas’”, disse o papa polonês.10. Seguir o supremo modelo
O papa reconheceu o valor da música litúrgica popular, mas a respeito disso destacou: “Faço minha a ‘regra geral’ que são Pio X formulava com estes termos: ‘Uma composição para a Igreja é tanto sacra e litúrgica quanto mais se aproximar, no andamento, na inspiração e no sabor, da melodia gregoriana, e tanto menos é digna do templo, quanto mais se reconhece disforme daquele modelo supremo’”.
São João Paulo II destacou que “também hoje não faltam compositores capazes de oferecer, neste espírito, a sua contribuição indispensável e a sua colaboração competente para incrementar o patrimônio da música, ao serviço da Liturgia cada vez mais intensamente vivida”.
Recordou que são Pio X, dirigindo-se aos Bispos, “prescrevia que instituíssem nas suas dioceses ‘uma comissão especial de pessoas verdadeiramente competentes em matéria de música sacra’”.
“Onde a disposição pontifícia foi posta em prática, não faltaram os frutos”, destacou são João Paulo II. Por isso, desejou que “os Bispos continuem a secundar o esforço destas Comissões, favorecendo-lhes a eficácia no âmbito pastoral”.“Também as Conferências episcopais hão de realizar cuidadosamente o exame dos textos destinados ao canto litúrgico, e prestar uma atenção especial à avaliação e promoção de melodias que sejam verdadeiramente aptas para o uso sacro”, concluiu.Fonte: ACI Digital
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Esses são os sete santos canonizados por Leão XIV neste domingo 20/10/2025
O papa Leão XIV canonizou hoje (19) a freira Maria Troncatti, a freira Vicenta Maria Poloni, José Gregorio Hernandez, Bartolo Longo, monsenhor Ignatius Maloyan, Pedro To Rot e a freira Maria del Monte Carmelo Rendiles Martinez.
Segue abaixo as biografias deles:Maria Troncatti
Freira salesiana nascida em Brescia, Itália, em 1883, a freira Maria Troncatti foi enfermeira da Cruz Vermelha na Primeira Guerra Mundial e posteriormente missionária no leste do Equador, onde trabalhou pela reconciliação entre colonos e povos indígenas.
Um famoso milagre atribuído à sua intercessão foi realizado num fazendeiro e carpinteiro de uma aldeia no Equador, que sofreu uma fratura profunda no crânio, resultando em paralisia e perda da fala.
O homem sonhou com Maria Troncatti, que lhe disse que ele seria curado, prometendo que ao amanhecer ele poderia falar e andar novamente. No dia seguinte, segundo depoimentos, o homem acordou completamente recuperado.Vicenta Maria Poloni
Nascida em Verona, Itália, em 1802, Vicenta Maria Poloni fundou o Instituto das Irmãs da Misericórdia, dedicado ao serviço dos doentes e marginalizados. Morreu em 1855, com fama de santidade.
Em janeiro deste ano, o papa Francisco aprovou o milagre atribuído à sua intercessão: a cura de uma mulher chilena chamada Audelia Parra, que, contra todas as probabilidades médicas, se recuperou de uma hemorragia grave numa cirurgia que a manteve internada por cerca de dois meses e meio.José Gregorio Hernández Cisneros
Conhecido como "o médico dos pobres", Cisneros nasceu em 26 de outubro de 1864, na cidade de Isnotú, no Estado de Trujillo, Venezuela. Ele dedicou sua vida a servir doentes e necessitados, aliando seu conhecimento à fé. Morreu em 1919, aos 54 anos de idade, ao ser atropelado enquanto saía para comprar remédios para uma idosa pobre.
O milagre que levou à sua beatificação foi a cura de Yaxury Solórzano, garota que sobreviveu a um ferimento de bala na cabeça em 2017 sem sofrer sequelas graças à sua intercessão.
Em fevereiro deste ano, foi publicado o decreto de sua canonização, aprovado pelo papa Francisco, dispensando a exigência de um segundo milagre. Ele é o primeiro santo venezuelano.
Leigo e advogado italiano, Bartolo Longo fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, na Itália.
Depois de abandonar o espiritismo e as seitas satanistas, Longo abraçou o catolicismo e tornou-se um catequista fervoroso, dedicado a ajudar os necessitados. Ele também foi um dos maiores divulgadores da devoção ao Santo Rosário no século XX.
Em fevereiro deste ano, foi publicado o decreto de sua canonização, aprovado pelo papa Francisco, dispensando a exigência de um milagre.Monsenhor Ignatius Maloyan
Nascido em Mardin (atual Turquia) em 1869, Maloyan foi arcebispo da eparquia católica de Amida.
Na Primeira Guerra Mundial, a partir de 1914, o império turco otomano realizou uma deportação forçada e tentou exterminar o povo armênio, cuja maioria de seus membros eram católicos. Isso resultou na morte de milhões de pessoas. Uma das vítimas foi Ignatius Maloyan, que em 1915 foi forçado a renunciar à sua fé e se converter ao islamismo. Ao se recusar, foi morto.
Em março deste ano, o papa Francisco aprovou a canonização de Maloyan sem a necessidade de um milagre, como é permitido no caso de martírio pela fé.
Pedro To Rot
Catequista e pai de família, Pedro nasceu em Papua Nova-Guiné em 1912, onde assumiu a liderança pastoral na ausência de padres na ocupação japonesa da região na Segunda Guerra Mundial, de 1941 a 1945.
Na tentativa de enfraquecer a influência do cristianismo, autoridades japonesas tentaram restabelecer a poligamia na ilha, algo que os missionários católicos se opunham. Pedro se opôs a essa medida, defendendo o valor do casamento.
Sua resistência custou-lhe a vida em 1945, quando foi capturado e martirizado num campo de extermínio, onde foi envenenado e brutalmente espancado aos 33 anos de idade.Em março deste ano, o papa Francisco aprovou sua canonização sem milagre, tornando-o o primeiro santo da Papua-Nova Guiné.Maria del Monte Carmelo Rendiles Martínez
Conhecida como madre Carmen Rendiles, essa freira nasceu em Caracas, Venezuela, em 1903, e fundou a Congregação das Servas de Jesus, aprovada pela Santa Sé em 1965. Ela morreu em 1977.
O primeiro milagre que lhe rendeu a beatificação foi a cura instantânea de um médico venezuelano em 2003; o segundo milagre, reconhecido em março deste ano para sua canonização, foi a cura de uma jovem com hidrocefalia triventricular idiopática em 2018.Ela é a primeira santa venezuelana.Fonte: ACI Digital
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Igreja no Brasil se mobiliza para a 9ª Jornada Mundial dos Pobres com o tema “Tu és a minha esperança” 14/10/2025
De 9 a 16 de novembro de 2025, a Igreja Católica em todo o mundo celebrará a 9ª Jornada Mundial dos Pobres (JMP), com o tema “Tu és a minha esperança” (cf. Sl 71,5). Inspirada pelo convite bíblico à esperança, a iniciativa busca fortalecer o compromisso da Igreja com as pessoas em situação de pobreza, promovendo a solidariedade, a escuta e o encontro fraterno.
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast), incentiva que dioceses, paróquias e comunidades realizem a Jornada Mundial dos Pobres – não apenas o Dia Mundial, mas oito dias inteiros de mobilização. O objetivo é vivenciar um tempo de oração, convivência e gestos concretos de amor junto aos mais vulneráveis.Caridade e justiça
A Jornada Mundial dos Pobres é uma oportunidade não apenas para ajudar, mas também para ouvir e aprender com todas as pessoas que foram empobrecidas no processo histórico que empurra, especialmente as pessoas negras e aquelas que vivem nas periferias das cidades, cada vez mais para a exclusão social e econômica.
O Papa Leão XIV faz um convite direto às comunidades católicas: agir de maneira coerente e enfrentar as causas estruturais da pobreza, ressaltando que “ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade”.Motivados a seguir: orientações pastorais
A Comissão preparou um subsídio com orientações pastorais, propostas de ação, a mensagem do Papa Leão XIV para a Jornada e sugestões de vivência comunitária. O material é um convite para que toda a Igreja viva este momento como uma oportunidade não apenas de ajudar, mas também de ouvir e aprender com as pessoas empobrecidas, reconhecendo nelas o rosto de Cristo.
“Para que nossas ações não se limitem apenas ao Dia Mundial do Pobre nós também apresentamos a partir deste documento propostas para o pós-jornada. Contamos com a participação, o envolvimento, com o engajamento de cada um e cada uma, neste momento forte da Igreja, que foi instituído pelo Papa Francisco no fechamento do ano da Misericórdia, em 2016, e segue com o Papa Leão XIV”, destaca a assessora da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, Alessandra Miranda.
" “Aproveitem bastante desse material, organizem sua comunidade, seu grupo, e venham somar nesse grande mutirão, nessa grande Jornada, que o Brasil inteiro, com certeza, vai abraçar mais uma vez”, finaliza a assessora da Comissão Sociotransformadora da CNBB.Convite à participação
O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, destaca a importância desta mobilização e convida todo o povo de Deus a participar.
Além das atividades locais, a Comissão incentiva ações de comunicação e mobilização nas redes sociais, com depoimentos, vídeos, campanhas e testemunhos usando as hashtags #JMP2025 e #DiaMundialdosPobres.
Fonte: Cnbb
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Papa envia cinco mil antibióticos para as crianças de Gaza 14/10/2025
Nos dias em que a “centelha de esperança”, evocada pelo Papa no Angelus de domingo, se torna mais concreta na Terra Santa, a proximidade do Pontífice se traduz em atenção especial aos mais pequenos. Por meio da Esmolaria Apostólica — o “pronto-socorro do Papa Leão” — foram enviados a Gaza cinco mil antibióticos destinados às crianças, entre as vítimas mais afetadas pelos dois anos de conflito. Um gesto possível graças à abertura das passagens pelas quais é possível levar a ajuda humanitária destinada à população da Faixa de Gaza.
Das palavras aos fatos
“Damos continuidade às palavras contidas na Exortação Apostólica Dilexi te, dedicada aos pobres — afirma o cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade — porque é necessário agir, dar atenção a quem está em necessidade.” No texto do Papa, a direção que a Igreja sempre segue é clara, pois “sabe que o seu anúncio do Evangelho é credível somente quando se traduz em gestos de proximidade e acolhimento”. Por meio do Patriarcado Latino de Jerusalém, os antibióticos enviados já foram distribuídos a quem deles precisava. O esmoleiro recorda que, ao longo dos anos de guerra, buscou-se ajudar mesmo assim, através do envio de dinheiro destinado à compra de alimentos e combustível.A proximidade com a Ucrânia
A caridade do Papa não se detém nem mesmo diante do conflito na Ucrânia. Depois de diversas missões para levar ajuda, geradores de energia e roupas térmicas para enfrentar o frio, a Esmolaria continuou a apoiar a Basílica de Santa Sofia, em Roma — “a igreja dos ucranianos” —, ativa no apoio humanitário ao país da Europa Oriental. De lá partem constantemente caminhões carregados de bens de primeira necessidade. Nos últimos dias, chegaram a Kharkiv pacotes brancos identificados com as bandeiras do Vaticano e da Ucrânia, e com a inscrição, em italiano e ucraniano: “Presente de Papa Leão XIV à população de Kharkiv”. Dentro deles há alimentos enlatados, óleo, macarrão, carne e também produtos de limpeza. É a maneira pela qual o Pontífice se faz próximo do sofrimento e da dor de um povo enfraquecido por anos de guerra, que ainda não vislumbra a luz da paz.
Fonte: Vatican News
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Leão XIV recebe em audiência o presidente do Chile 14/10/2025
Na manhã desta segunda-feira, o Pontífice recebeu no Palácio Apostólico do Vaticano Gabriel Boric Font, que posteriormente se reuniu com o cardeal Parolin e o arcebispo Gallagher. Entre os temas abordados durante o encontro na Secretaria de Estado, destacaram-se a luta contra a pobreza e os fenômenos migratórios.
Vatican News
Leão XIV recebeu também na manhã desta segunda-feira, 13 de outubro, em audiência no Palácio Apostólico do Vaticano, o presidente da República do Chile, Gabriel Boric Font. A informação foi divulgada em um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Após a reunião com o Pontífice, o chefe de Estado dirigiu-se à Secretaria de Estado, onde se encontrou com o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, acompanhado por dom Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais.
No âmbito dos colóquios – informa a nota da Sala de Imprensa – foram reafirmadas as “boas relações bilaterais existentes entre a Santa Sé e o Chile”, com destaque para a contribuição da Igreja ao país em diversos campos. Entre os temas tratados, abordou-se também a situação sociopolítica chilena, com especial atenção à luta contra a pobreza, aos fenômenos migratórios e às questões éticas.
Fonte: Vatican News
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CNBB celebra seus 73 anos como testemunha da Esperança e promotora da Vida 14/10/2025
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebra na terça-feira, 14 de outubro, 73 anos. O mote escolhido para esta celebração é: “73 anos como testemunha da Esperança e promotora de vida”.
Para marcar a data, a CNBB vai celebrar a Santa Missa, às 10h, na capela Nossa Senhora Aparecida, em sua sede, a ser presidida pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, e concelebrada por padres assessores. A Eucaristia será transmitida nas redes sociais da CNBB: @cnbbnacional.
" De acordo com dom Ricardo, explicando a escolha do lema da celebração, a CNBB sempre foi testemunha da Esperança e promotora da Vida desde a sua criação em 1952. “Pela inspiração na Ação Católica, a CNBB sempre esteve perto dos brasileiros, de seus dramas reais e de suas conquistas”, afirmou."
Após a celebração Eucarística haverá uma confraternização entre os colaboradores, assessores e membros da presidência da Conferência.
Veja vídeo da celebração: -
Preservar vozes e rostos humanos, tema do Dia das Comunicações Sociais 2026 29/09/2025
O comunicado, publicado pelo Dicastério para a Comunicação, explica que "nos ecossistemas comunicativos de hoje, a tecnologia influencia as interações de maneira nunca antes conhecida – desde os algoritmos que selecionam conteúdo nos feeds de notícias até à inteligência artificial que redige inteiros textos e conversas".
De acordo com o texto, "a humanidade hoje tem possibilidades impensáveis há apenas alguns anos. Contudo, embora essas ferramentas ofereçam eficiência e alcance, elas não podem substituir as capacidades unicamente humanas de empatia, ética e responsabilidade moral. A comunicação pública exige julgamento humano, não apenas esquemas de dados. O desafio é garantir que a humanidade continue sendo o agente orientador".
O futuro da comunicação deve garantir que as máquinas sejam ferramentas a serviço e conexão da vida humana, e não forças que corroem a voz humana.
"Temos grandes oportunidades. Ao mesmo tempo, os riscos são reais. A inteligência artificial pode gerar conteúdos envolventes, mas enganosos, manipulativos e prejudiciais, replicar preconceitos e estereótipos presentes nos dados de treinamento, e amplificar a desinformação ao simular vozes e rostos humanos", ressalta ainda o comunicado divulgado pelo Dicastério para a Comunicação. "Também pode invadir a privacidade e a intimidade das pessoas sem o seu consentimento. Uma dependência excessiva da IA enfraquece o pensamento crítico e as habilidades criativas, enquanto o controle monopolista desses sistemas levanta preocupações sobre a centralização do poder e as desigualdades", sublinha.
De acordo com o comunicado, "torna-se cada vez mais urgente introduzir a alfabetização mediática nos sistemas educacionais, ou até mesmo a alfabetização no campo da IA (MAIL, ou seja, Media and Artificial Intelligence Literacy) . "Como católicos, podemos e devemos dar a nossa contribuição, para que as pessoas – especialmente os jovens – adquiram a capacidade de pensar criticamente e cresçam na liberdade de espírito", conclui o texto.
Fonte: Vatican News
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A história da oração a são Miguel Arcanjo do papa Leão XIII 29/09/2025
Não existe um relato histórico definitivo sobre o que exatamente aconteceu com o papa Leão XIII para que, na década de 1880, escrevesse a conhecida oração a são Miguel Arcanjo. Entretanto, testemunhos presenciais asseguraram que o pontífice teve uma visão na qual Satanás apareceu, o que o motivou a pedir a intercessão de São Miguel para toda a Igreja.
No livro “Um exorcista conta-nos”, do falecido exorcista italiano Gabrielle Amorth, narra-se que um sacerdote chamado Domenico Pechinino conhecei pessoalmente o que levou o papa Leão XIII a escrever a oração.
Este relatou o seguinte: “Não recordo o ano exato. Uma manhã, o Sumo Pontífice Leão XIII tinha celebrado a Santa Missa e estava assistindo a outra, de agradecimento, como era habitual. Logo, eu o vi levantar energicamente a cabeça e, em seguida, olhar algo por cima do celebrante. Olhava fixamente, sem piscar, mas com ar de terror e de espanto, desfigurado. Algo estranho, grande, ocorria com ele”.
“Finalmente, como voltando em si, com um rápido mas enérgico gesto levanta-se. Ele é visto se encaminhar ao seu escritório particular. Os familiares o seguem com pressa e ansiedade. Dizem a ele em voz baixa: ‘Santo Padre, não se sente bem? Precisa de alguma coisa?’. Resposta: ‘Nada, nada’. Depois de meia hora, chama o secretário da Congregação dos Ritos e, entregando-lhe uma folha, manda imprimi-la e enviá-la a todos os bispos diocesanos do mundo”, disse.
“O que continha? A oração que rezamos ao final da Missa junto com o povo, com a súplica a Maria e a ardorosa invocação ao príncipe das milícias celestiais, implorando a Deus que volte a lançar Satanás ao inferno”, concluiu.
A oração de São Miguel se acrescentou em 1886 às outras “orações Leoninas” que o papa havia mandado recitar depois de 1884.
Segundo a tradição, o que motivou o papa Leão XIII a escrever a oração foram as terríveis imagens que viu e escutou.
“Vi demônios e ouvi seus gritos, suas blasfêmias, sua zombaria. Ouvi a voz sinistra de Satanás desafiando Deus, dizendo que ele poderia destruir a Igreja e levar o mundo inteiro para o inferno se tivesse tempo e poder suficientes. Satanás pediu a Deus permissão para ter 100 anos para poder influenciar o mundo como nunca havia sido capaz de fazer antes”, disse.
A prática da oração a São Miguel esteve vigente até antes das reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II. Entretanto, os fiéis podem continuar com esta devoção de modo privado.
Oração a são Miguel Arcanjo do papa Leão XIII:
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate,
sede nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio!
Ordene-lhe Deus, instantemente o suplicamos,
e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina,
precipitai ao inferno satanás e todos os espíritos malignos
que andam pelo mundo para perder as almas.
Amém.
Fonte: ACI Digital
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A parábola do homem rico e do pobre Lázaro em Santo Ambrósio 29/09/2025
Jesus contou para os seus discípulos a parábola do homem que tinha muitas riquezas, e de uma pessoa muito pobre, Lázaro (cfr. Lc, 16,19-31). Os dois estavam próximos e ao mesmo tempo distantes. O Senhor quis dizer que a vida eterna ou a condenação eterna iniciam neste mundo e no julgamento após a morte as coisas se darão conforme a vida vivida neste mundo. A seguir veremos nós a interpretação dada por Santo Ambrósio, Bispo de Milão no final do século IV.
A vestimenta de púrpura
A parábola colocou a realidade de uma pessoa com muitas riquezas e outra com a pobreza. A pessoa rica se vestia de púrpura, de modo a ter mundanas delícias. A pessoa se aproveitava destas situações não se importando com a vida das pessoas, sobretudo das pessoas mais necessitadas. Ela estava no deleite das realidades presentes, parecendo que tudo andasse bem1. Mas nesse caso ele só vivia para ele, não se importando com a vida das outras pessoas.A figura do pobre
Lázaro era pobre, buscando sempre ajudas mas estas foram negadas pela pessoa rica. A pessoa que tinha mais condições para ajudar a pessoa pobre ficou indiferente às suas solicitações. Segundo Santo Ambrósio era ele pobre neste mundo, mas era rico diante de Deus2. Ele era pobre em palavra, mas era rico na fé (cfr. Tg 2,5), no amor.A fé de Lázaro
Santo Ambrósio afirmou que a passagem da Sagrada Escritura aludiria a fé de Lázaro e que foi rejeitada da mesa do rico. Suas feridas sem dúvida horrorizaram o desgostoso rico porque em meio aos seus suntuosos banquetes, na companhia de perfumados convivas certamente não tolerava o mau cheiro daquelas feridas, enquanto os cães as lambiam, porque para o rico o odor do ar da própria natureza proporcionava repugnância3.Alheios à condição humana
A parábola colocou insolência e a altivez da pessoa rica traduzida em sinais apropriados, pois ela era de maneira alheia à condição humana, indiferente ao sofrimento do pobre, como se estivesse situado acima da natureza humana, encontrando nas misérias dos pobres, incentivos a seus prazeres, chegando a rir do miserável, insultar o faminto e despojar-se daqueles de quem conviria apiedar-se com amor4.A comida do pão e a evangelização dos pagãos
Certamente Lázaro não teve a graça da comida do pão material. Ele a terá do pão espiritual, a vida eterna com o Senhor Jesus. Santo Ambrósio colocou um ponto importante da evangelização dos povos pagãos, a sua vocação, sendo como que as feridas lambidas pelos cães: “Voltarão ao entardecer, e terão fome como cães”(Sl 58,15). Ou mesmo como o reconhecimento do mistério da cananéia quando o Senhor disse para ela que “Ninguém toma o pão dos filhos e o lança aos cães”(Mt 15,26). A mulher cananéia afirmou que os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos (cfr. Mt 15,27). Estas migalhas são do pão que é o Verbo, e a fé no Verbo, as migalhas como pontos fundamentais da doutrina da fé em Jesus. Por isso Jesus disse para ela que grande era a sua fé (cfr. Mt 15,28)5.Louvor às coisas
Santo Ambrósio louvou as situações de vida do pobre Lázaro, no sentido que aquelas feridas impediram uma dor perpétua como a pessoa que estava na riqueza. As migalhas seriam especiais, pois elas repeliram um sempiterno jejum que seriam após a morte cumulados de eternos alimentos. As migalhas eram as palavras das Escrituras, que dão vida e salvação às pessoas6. Santo Ambrósio colocou a pobreza como sinal de confiança dos pobres em Deus, de libertação para uma vida digna, como as bem-aventuranças tem presentes (cfr. Lc 6, 20).O grande abismo
Entre o rico e o pobre, houve um grande abismo, porque após a morte os méritos ou os sofrimentos não puderam mudar-se de modo que o pobre estava no seio de Abraão, na felicidade e o rico foi colocado no inferno, desejoso de haurir, buscar no patriarca e nele uma brisa refrescante (cfr. Lc 16,22-24)7. O valor da água é importante porque ela é também o refrigério da alma posta entre dores, na qual o profeta Isaias afirmou que brotará água com deleite das fontes da salvação (cfr. Is 12,3). Existe segundo o Bispo de Milão a tortura antes do julgamento porque para o luxurioso carecer de delícias seria uma pena tendo presentes as palavras do Senhor que haverá choro e ranger de dentes, quando as pessoas virem Abraão, Isaac e Jacó e todos os profetas no Reino de Deus (cfr. Lc 16,9)8.Ser mestre
A parábola quer ensinar às pessoas, o valor da partilha, a busca pelo bem, pela paz e o amor entre as pessoas com Deus, para ser mestre em Deus. A situação foi contrária à pessoa rica, quando tinha um tempo para aprender, para viver o amor, mas ela se fechou aos sofrimentos das pessoas. A passagem da Escritura quis colocar pelo ensinamento do Mestre Jesus que o Antigo Testamento era o fundamento da fé, da esperança e do amor, até a sua vinda, sendo desta forma, o cumpridor das Escrituras. O ensinamento fundamental da parábola é a doação das coisas para as pessoas mais necessitadas em vida, doar aos pobres9, os prediletos do Reino dos céus (cfr. Lc 6,20).
Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)
Fonte: CNBB -
Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa é reconhecida como manifestação cultural nacional 11/09/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na segunda-feira (8) a lei que reconhece a Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa como manifestação cultural nacional. Uma das mais antigas manifestações religiosas do Brasil e a maior da Bahia, a romaria reúne anualmente cerca de 600 mil pessoas.
"A Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa é um dos maiores exemplos da força da fé e da cultura do nosso povo”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino. “Ao reconhecermos oficialmente essa tradição como manifestação da cultura nacional, estamos garantindo que ela seja preservada e valorizada, além de impulsionar o turismo religioso, que gera emprego, renda e fortalece a identidade brasileira”, acrescentou.
Segundo o governo, a lei sancionada autoriza o poder público a estabelecer diversas políticas públicas relacionadas ao tema, como garantir a segurança dos romeiros, promover a celebração dos atos religiosos, destinar apoio aos romeiros nas ações que envolvam as celebrações e registrar a Romaria no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como bem cultural de natureza imaterial.
A Romaria de Bom Jesus da Lapa acontece na cidade baiana de mesmo nome, de 28 de julho a 6 de agosto, dia em que a Igreja celebra da Transfiguração do Senhor.
A devoção ao Bom Jesus começou em 1691. O português Francisco de Mendonça Mar distribuiu seus bens e andava pelos sertões carregando um crucifixo do Bom Jesus e uma imagem de Nossa Senhora da Soledade. Ao ver o morro, ele quis ficar dentro de uma gruta onde fez um altar e começou a viver ali como eremita, na solidão.
A notícia de que um homem caridoso com “vida de santo” morava na gruta se espalhou pela região e os habitantes começaram a frequentá-la em busca de oração, começando assim as primeiras romarias.
O santuário do Bom Jesus da Lapa é gerido atualmente pelos redentoristas e sua igreja é conhecida como a Igreja de Pedra e Luz, pois fica dentro da gruta de pedra onde Francisco viveu com a imagem do Bom Jesus e de Nossa Senhora da Soledade. É o primeiro santuário natural do país e uma das sete maravilhas do Brasil.
Em 2023, a romaria foi declarada patrimônio cultural imaterial da Bahia.
Fonte: ACI Digital
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