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  • Leão XIV se despede da Turquia e parte para o Líbano 30/11/2025 Leão XIV se despede da Turquia e parte para o Líbano

    Às 15h01 (horário local), o Airbus A320neo da ITA Airways, transportando o Papa Leão XIV, decolou do Aeroporto Internacional Atatürk de Istambul com destino a Beirute, capital do Líbano, onde o Pontífice permanecerá até terça-feira, 2 de dezembro, como parte de sua primeira Viagem Apostólica.

    Os 4 dias do Papa na Turquia

    A visita de quatro dias do Pontífice à Turquia (Türkiye) chega ao fim. Entre outros, a visita incluiu a comemoração, juntamente com o Patriarca Bartolomeu e os líderes e representantes das Igrejas cristãs do mundo, do 1700º aniversário do primeiro Concílio Ecumênico da história, realizado em Niceia, atual Iznik. Uma celebração sóbria e solene, realizada sobre as ruínas da antiga Basílica de São Neófito, durante a qual Leão XIV exortou a superar "o escândalo das divisões", promovendo a "unidade".

    Leão XIV foi o quinto Pontífice a visitar a Turquia, após Paulo VI em 1967; João Paulo II em 1979; Bento XVI em 2006 e Francisco em 2014

    A acolhida no Líbano

    No aeroporto de Beirute, que leva o nome do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri, assassinado juntamente com sua equipe de segurança em um ataque em 14 de fevereiro de 2005, o Papa será recebido pelo núncio Apostólico e pelo chefe do Protocolo do Líbano.

    Fonte: Vatican News
    https://www.vaticannews.va

  • Uma vela por semana 28/11/2025 Uma vela por semana

    Há, no princípio das nossas inquietações, um desejo bom de preservar a luz que nunca se perde de si. Uma luz que que ilumina por dentro e devolve em cores mais belas tudo que recebe. Entre o temor de perdê-la e a sede de possuí-la, o coração humano ergueu muralhas, selou portas, levantou torres. E, como quem aperta demais o que ama, quebrou aquilo que pretendia guardar. Daí nasceram suspeitas, palavras afiadas e dissimulação que nos afastou de nós.  

    O Advento começa aqui, quando a mão cansada desiste de trabalhar em muros, e a alma aprende o difícil ofício de?esperar e fazer reparos. Uma espera produtiva que acende pequenas chamas no meio de ventanias.

    Jesus Cristo vem como Luz que não se fabrica, não se compra, não se oculta. Cujo brilho não é de pedras raras, mas dEle mesmo. Tocados por Ele, a esperança, que parecia definhar sob os golpes da noite, respira sem pressa e o tempo não é mais inimigo.

    Com a luz que se ergue acima dos morros, “Ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos suas veredas”. A subida começa com uma notícia. O Cristo que vem é juiz manso que mede sem humilhar, pesa sem esmagar e põe cada coisa no seu devido lugar. Um lugar que cura.  

    Do alto dessa bondade forja-se um milagre de ferreiro e?espadas viram arados, lanças viram lâminas de poda. O metal conserva a dureza, mas muda de destino. Tudo que feriu a terra aprende a cultivá-la.

    Dentro de nós, os talentos domesticados pelo medo reaprendem o serviço; a inteligência deixa de ser lâmina e torna-se lâmpada; a língua, que tanto cortou, transforma-se em instrumento de poda para que a vida frutifique.

    O Advento é uma oficina silenciosa onde, a cada semana, um gesto trocado, um instrumento convertido, um campo árido volta a receber vida e molda a coragem que espera o amanhecer.

    Quando a noite volta a se espalhar, porque ela sempre volta, já estamos assegurados pela Luz que não depende de nós. Ela vem como quem nos conhece pelo nome, sem barulho, como uma presença que aceita o caniço rachado da nossa história.

    O profeta havia dito: “Caminharemos na luz do Senhor”, e é nessa luz que caminhamos! Não caminhamos sozinhos, pois a humanidade que se esfacelava volta a entender a língua de encontro. A esperança deixou de murmurar e tornou-se realidade na manjedoura do mundo, porque o mundo todo é uma manjedoura.

    Ainda há sombras altas como as montanhas, há mentiras que se repetem até a exaustão, há poderes que se vestem de claridade para melhor cegar. Mas aprendemos com a vela do primeiro domingo que a noite não é soberana. A chama pequena não vence pelo seu tamanho; vence porque?insiste. Ela retorna a cada sopro, reaparece a cada curva, e, quando as outras se juntarem a ela a sala inteira ficará iluminada. O Advento nos disciplina nessa teimosia.

    Quando o quarto domingo chegar e a coroa conter a inteireza de luz, saberemos que a esperança não morreu, porque foi Deus quem a sustentou enquanto aprendíamos a acreditar.

    E, na noite grande do mundo, não teremos armaduras, nem fórmulas de posse, nem pactos de ferro. Teremos olhos habituados ao clarão manso, ouvidos treinados na vereda, passos afinados ao ritmo de quem caminha na montanha. Então, mesmo que o mundo insista em entoar a velha canção do medo, nós?caminharemos na luz do Senhor porque já teremos sido alcançados por Ele.  

    Dom Lindomar Rocha Mota
    Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)

    Fonte: Cnbb
    https://www.cnbb.org.br

  • Comissão anuncia retomada do Encontro Nacional dos Bispos Eméritos após anos de pausa 28/11/2025 Comissão anuncia retomada do Encontro Nacional dos Bispos Eméritos após anos de pausa

    A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) anunciou a retomada do Encontro Nacional dos Bispos Eméritos, que voltará a ser realizado após alguns anos sem edições. O evento ocorrerá de 23 a 26 de fevereiro de 2026, em Belo Horizonte (MG), na Casa Mãe Acolhedora, e reunirá bispos eméritos de todo o país, além de bispos que, nos regionais, acompanham o trabalho pastoral com os eméritos.

    Promovido pela Comissão Especial para os Bispos Eméritos em comunhão com o regional Leste 2 da CNBB, o encontro tem como propósito fortalecer a fraternidade, a partilha e a convivência entre aqueles que dedicaram sua vida ao serviço episcopal. A programação terá dois eixos centrais de reflexão:
    -> Instrumentum Laboris das futuras

    Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil, ao qual os participantes poderão

    oferecer contribuições;   
    -> Instrumentum Laboris do documento

    “Bispos Eméritos: vida e missão”, ainda em elaboração.


    Segundo a Comissão, a expectativa é que os bispos vivenciem o encontro como um espaço de diálogo, acolhida e sinodalidade. A participação é gratuita, sendo de responsabilidade dos inscritos apenas o deslocamento até Belo Horizonte. Para organizar a hospedagem e a logística, a inscrição é obrigatória e pode ser feita (AQUI).

    A carta de convocação solicita ainda que os bispos diocesanos incentivem e, se possível, ofereçam apoio financeiro aos bispos eméritos de suas regiões, garantindo condições para que todos participem. Aos que não poderão comparecer por motivos de saúde ou idade avançada, a Comissão manifesta solidariedade e assegura suas orações.

    O documento é assinado pelo bispo emérito de Barra do Piraí–Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Especial para os Bispos Eméritos, dom Francisco Biasin, que encerra a mensagem com votos de um santo Natal e um abençoado 2026.

    Acesse (aqui) a carta de convocação.

  • Hoje é celebramos Nossa Senhora das Graças 27/11/2025 Hoje é celebramos Nossa Senhora das Graças

    “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança”, disse Nossa Senhora a santa Catarina Labouré, no dia 27 de novembro de 1830.

    Foi nesse ano de 1830 que Nossa Senhora apareceu para a irmã Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, primeiramente na noite de 18 de junho. Um anjo despertou a religiosa e a conduziu até a capela, onde encontrou a Mãe de Deus e conversou com ela por mais de duas horas, ao final da qual Maria lhe disse: “Voltarei, minha filha, porque tenho uma missão para te confiar”.

    No dia 27 de novembro do mesmo ano, a Santíssima Virgem voltou a aparecer para Catarina. A Mãe de Deus estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma “beleza indizível”. Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente.

    Suas mãos, à altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedras preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.

    Nossa Senhora olhou para santa Catarina e lhe disse: “O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular. Estes raios são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que me pedem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem”.

    O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo branco dos pés.

    Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

    Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo.

    A aparição girou e no reverso estava a letra “M” encimada por uma cruz que tinha uma barra em sua base, a qual atravessava a letra. Embaixo figurava o coração de Jesus, circuncidado com uma coroa de espinhos, e o coração de Nossa Senhora, transpassado por uma espada. Ao redor havia doze estrelas.

    A manifestação voltou a acontecer por volta do final de dezembro de 1830 e princípio de janeiro de 1831.

    Em 1832, o bispo de Paris autorizou a cunhagem da medalha e assim se espalhou pelo mundo inteiro. Inicialmente a medalha era chamada “da Imaculada Conceição”, mas quando a devoção se expandiu e se produziram muitos milagres, foi chamada “Medalha Milagrosa”, como é conhecida até nossos dias.

    Para celebrar este dia em que recordamos Nossa Senhora das Graças, confira a seguir a oração para pedir o auxílio da Virgem:

    Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do poder ilimitado que vos deu o vosso divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe, sois a soberana do coração de vosso divino Filho.

    Sim, ó virgem santa, não esqueçais as tristezas desta terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, pelo exílio ou pela morte. Tende piedade dos que choram dos que suplicam e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa!

    Amém.

    Fonte: ACI Digital
    https://www.acidigital.com

  • Arquidiocese de São Paulo tem novos bispos auxiliares 27/11/2025 Arquidiocese de São Paulo tem novos bispos auxiliares

    O Papa Leão XIV nomeou dois novos bispos auxiliares nesta quarta-feira (26/11): monsenhor Márcio Antonio Vidal Negreiros e monsenhor Celso Alexandre. O Pontífice atendeu ao pedido do cardeal Odilo Scherer e ambos passam a colaborar na missão pastoral da Arquidiocese de São Paulo.

    A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já enviou a sua saudação, primeiramente a mons. Márcio, até então secretário-geral da Organização dos Agostinianos da América Latina e do Caribe e nomeado bispo titular de ´Catula´, e ao mons. Celso, pároco da Catedral Senhor Bom Jesus da diocese de Ourinhos/SP e nomeado titular de ´Capsa´:

    "Expressamos, aos dois irmãos a nossa fraterna congratulação pela dedicação demonstrada ao longo de suas trajetórias pastorais e como presbíteros. Monsenhor Márcio, com sua larga experiência na vida religiosa agostiniana, no serviço à formação e na missão junto às Igrejas locais no Brasil e na América Latina, oferece à Igreja em São Paulo um testemunho de zelo pastoral, sensibilidade humana e fidelidade ao Evangelho. Sua nomeação representa um dom para toda a nossa Igreja no Brasil. Ao monsenhor Celso Alexandre, manifestamos nosso reconhecimento pelo serviço generoso e constante às comunidades paroquiais, à formação presbiteral e à vida pastoral da diocese de Ourinhos. Sua trajetória, marcada pela simplicidade, proximidade e espírito missionário, enriquece a caminhada evangelizadora e inspira tantos irmãos e irmãs na fé."

    A biografia de mons. Márcio Antonio Vidal Negreiros

    Nascido em Dois Córregos (SP), em 8 de outubro de 1967, monsenhor Márcio começou sua vocação cedo: em 1983 ingressou no Seminário Menor Santo Agostinho, em Bragança Paulista, onde concluiu o Ensino Médio. Entre 1986 e 1988 cursou Filosofia na PUC Minas, em Belo Horizonte.

    Em 1990, iniciou o noviciado da Ordem de Santo Agostinho, professando os primeiros votos em 19 de janeiro de 1991 e a profissão solene em 16 de dezembro de 1993. Estudou Teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Foi ordenado diácono em 1º de maio de 1994 e presbítero em 5 de novembro do mesmo ano, em sua cidade natal.

    Sua formação permanente sempre ocupou lugar central em sua trajetória. Ao longo de três décadas, participou de cursos e congressos no Brasil e em países como Itália, Chile, Peru, Colômbia e Argentina, aprofundando temas como vocações, juventude, espiritualidade agostiniana, justiça e paz, governança, vida consagrada e formação presbiteral.

    Na Ordem de Santo Agostinho, exerceu diversos serviços de governo e formação. Foi promotor vocacional, formador em diferentes etapas – aspirantado, propedêutico, filosofia, noviciado e teologia – e mestre de noviços tanto no Brasil quanto no Noviciado Internacional de Lima (Peru). Ocupou ainda funções de prior, ecônomo, conselheiro provincial, secretário, e coordenou a Comissão de Sinodalidade.

    Sua atuação também teve alcance continental. Foi responsável pela Área de Formação da OALA (Organização dos Agostinianos da América Latina e Caribe), membro da Comissão Internacional de Formação Inicial, vice-presidente da Sociedade Inteligência e Coração (SIC) e secretário da Federação Agostiniana Brasileira (FABRA). Até a nomeação episcopal, exercia o cargo de Secretário Geral da OALA.

    No campo pastoral, monsenhor Márcio serviu comunidades em diversas dioceses. Atuou como vigário paroquial e pároco em Bragança Paulista, Belo Horizonte, São Bernardo do Campo e Lima (Peru). Em 2023, assumiu a coordenação pastoral da Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia, na capital mineira, além de exercer a função de capelão do Hospital Mater Dei. Em 2024, retornou a Bragança Paulista como vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

    A biografia do mons. Celso Alexandre

    Natural de Chavantes (SP), o monsenhor Celso Alexandre, nascido em 2 de setembro de 1969, construiu ao longo de mais de duas décadas uma sólida caminhada pastoral nas dioceses de Lins e Ourinhos. Ingressou no Seminário Arquidiocesano de São José, em Botucatu, em 1991, onde realizou o Propedêutico. Em seguida, cursou Filosofia no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus, em Marília (1992-1994), e concluiu a formação teológica no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo (1995-1998).

    Foi ordenado presbítero em 6 de fevereiro de 1999, na diocese de Lins (SP). Desde então, desempenhou diversas funções pastorais. Foi pároco das paróquias Santa Luzia, em Avanhandava (1999-2002), e Santa Teresinha do Menino Jesus, em Penápolis (2002-2003). Em Ourinhos, atuou como vigário paroquial da Paróquia São Pio X (2003) e, posteriormente, como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Chavantes (2003-2014).

    Entre 2014 e 2021, assumiu a Paróquia Catedral Senhor Bom Jesus, em Ourinhos, à frente da qual retornou novamente em 2022, permanecendo até 2025. Também foi pároco da Paróquia São Sebastião, em Piraju, entre 2021 e 2022.

    Além da atuação paroquial, exerceu importantes responsabilidades diocesanas. Foi diretor espiritual do Seminário Maior Diocesano São José (2014-2018 e 2022-2025) e coordenador diocesano de pastoral por uma década (2015-2025). Integra, ainda, o Conselho de Presbíteros e o Colégio de Consultores da Diocese de Ourinhos.

    Ao longo de sua trajetória, monsenhor Celso desempenhou diversos ofícios, entre eles vigário forâneo, assessor para a Liturgia, e assistente eclesiástico da Renovação Carismática Católica, do Movimento de Cursilho de Cristandade e das Equipes de Nossa Senhora.

    Fonte: Vatican News
    https://www.vaticannews.va

  • Cristãos da Turquia em expectativa pela primeira viagem apostólica do Papa Leão XIV 27/11/2025 Cristãos da Turquia em expectativa pela primeira viagem apostólica do Papa Leão XIV

    A manhã desta quinta-feira, 27 de novembro, marcou um momento histórico para a Igreja Católica: teve início a primeira viagem apostólica do Papa Leão XIV, que escolheu a Turquia (Türkiye) como destino inicial de seu percurso internacional. A visita coincide com as celebrações pelos 1700 anos do Primeiro Concílio de Niceia, marco fundamental da fé cristã, realizado em 325 d.C.

    O voo da Ita Airways decolou às 7h58 do aeroporto de Roma-Fiumicino, levando o Pontífice, sua comitiva e um grande grupo de jornalistas rumo a Ancara, onde a chegada estava prevista para 12h30, no horário local. Ao anoitecer, o Papa seguiria para Istambul. A bordo, viaja também a imagem de Maria, Mãe do Bom Conselho, venerada no Santuário de Genazzano. Leão XIV visitou o local em maio de 2025, poucos dias após sua eleição, expressando o desejo de iniciar seu ministério confiando-se à intercessão da Virgem Maria.

    O Santo Padre deixou o Vaticano por volta das 7h, deslocando-se de carro até o aeroporto. Com esta viagem, Leão XIV torna-se o quinto Papa a visitar a Turquia, levando como lema a mensagem bíblica e ecumênica: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Ele também dá continuidade ao desejo de seu predecessor, Francisco, que manifestara intenção de voltar ao país em 2025 para marcar o aniversário do Concílio de Niceia.

    O momento mais simbólico da viagem ocorrerá precisamente em Iznik, antiga Niceia, onde o Papa se reunirá com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu e cerca de vinte líderes cristãos. Nos sítios arqueológicos da antiga Basílica de São Neófito, diante dos ícones de Cristo e do Concílio, rezarão juntos e acenderão uma vela, gesto carregado de forte significado para o diálogo entre as igrejas.

    Expectativa cresce entre cristãos turcos

    Enquanto o Papa se desloca pelo país, as comunidades cristãs locais vivem dias de emoção, esperança e expectativa. A EWTN ouviu fiéis de diferentes tradições que expressaram o que a presença do Pontífice representa para eles.

    “Estou feliz por ir a Istambul para ver o papa, porque a visita dele é um sinal de unidade e esperança para nós, cristãos na Turquia”, afirma Linda Tito, 67 anos, de Izmir. Para ela, encontrar o Papa pessoalmente reforça o sentido de pertencimento à Igreja universal.

    Para Bedri Diril, 40 anos, da comunidade caldeia de Istambul, a visita vai além de um gesto simbólico:
    “As visitas dos papas à Turquia sempre carregam um significado profundo. A Anatólia tem um lugar sagrado na história do cristianismo. Somos minoria, mas continuamos testemunhando a fé em Cristo desde os primeiros séculos.”

    Diril acredita que a presença de Leão XIV oferecerá “apoio moral e coragem” às minorias cristãs e fortalecerá o diálogo com o Patriarcado Ecumênico:
    “Diferenças históricas entre católicos e ortodoxos podem avançar rumo à unidade. O amor é o elemento essencial para que um dia possamos viver novamente como uma única Igreja em Cristo Jesus.”

    A mesma expectativa é compartilhada por Teodora Hacuni, 57 anos, da comunidade grega de Izmir, que destaca a importância da viagem justamente no ano que marca o 1700º aniversário do Concílio de Niceia:
    “A unidade da Igreja só é possível quando nos reconhecemos como irmãos e irmãs. A mensagem do Papa e do Patriarca Bartolomeu deve iluminar nossos passos. E gestos concretos de fraternidade, como a concessão da igreja de Santa Maria aos ortodoxos, mostram que estamos caminhando juntos.”

    Iznik se prepara para acolher o Papa

    A pequena cidade de Iznik vive uma atmosfera especial. Além da relevância histórica do local, há o orgulho de seus habitantes em receber o Pontífice. A ceramista Mesude Künen, funcionária do Ministério da Cultura e Turismo, dedicou dois meses à criação de uma miniatura representando as muralhas e os sítios históricos da cidade — obra que espera entregar pessoalmente ao Papa.

    “Estou muito animada. Trabalhei num projeto especial para destacar a beleza histórica de Iznik. Já havia feito outra versão, que acabou sendo adquirida por um colecionador, mas esta eu gostaria de oferecer ao Papa.”

    Um marco para o diálogo e a presença cristã no Oriente

    A viagem apostólica de Papa Leão XIV promete ser um marco para o diálogo entre católicos e ortodoxos, além de fortalecer comunidades cristãs que, apesar da condição minoritária, continuam vivas e atuantes em território turco.

    Com gestos simples, encontros ecumênicos e celebrações históricas, o Pontífice busca renovar a mensagem que acompanha seu lema: reafirmar que a fé cristã, em suas diferentes tradições, encontra sua unidade em Cristo.

    O próximo destino do Papa será o Líbano, no domingo, 30 de novembro, dando continuidade a uma viagem que já desperta grande repercussão espiritual, histórica e diplomática para a Igreja e para todo o Oriente Médio.

    Fonte: Vatican Newshttps://www.vaticannews.va

  • Natal, tempo de luz que renova a esperança 27/11/2025 Natal, tempo de luz que renova a esperança

    Natal, tempo de luz que renova a esperança, chega para nos recordar aquilo que verdadeiramente permanece. Neste Ano Jubilar, caminhando como “Peregrinos da Esperança”, somos convidados a reler o Evangelho com os olhos fixos no mistério de Cristo, que entra na história para firmar nossos passos e orientar nossos caminhos.

    O Evangelho deste tempo nos apresenta pessoas maravilhadas com a imponência do Templo de Jerusalém. Pedras grandiosas, construções sólidas, beleza admirável. Porém, Jesus afirma com serenidade: “Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.” Estas palavras, longe de serem ameaça, revelam uma verdade profunda: tudo o que é humano passa. Nada daquilo que construímos com nossas mãos — por maior que seja — possui firmeza absoluta.

    Neste Natal, enquanto as luzes brilham nas ruas e os presépios enfeitam casas e igrejas, somos chamados a recordar que o Deus que nasce não se revela em estruturas de pedra, mas na simplicidade de uma manjedoura. São Francisco de Assis, que tanto amou o Natal, dizia que Deus escolheu “a pequenez para derrubar toda arrogância humana”. A glória de Deus está no que não se vê, mas que transforma tudo.

    Vivemos um tempo em que, assim como os antigos que admiravam o Templo, muitos confiam no brilho ilusório das aparências: tecnologia, status, poder, conforto, influências digitais, reconhecimento social. Mas basta um sopro da fragilidade humana — uma doença, uma crise, uma perda inesperada — para percebermos o quão instáveis são essas seguranças. São João Paulo II lembrava que “o homem moderno possui muitas coisas, mas muitas vezes não sabe quem é”. Eis o desafio espiritual de nosso tempo: reencontrar o essencial.

    Jesus também nos adverte sobre as vozes que confundem. “Não sigais essa gente”, diz Ele. No mundo das redes, das opiniões instantâneas, dos falsos messias que prometem soluções rápidas, somos chamados ao discernimento. O Papa Francisco repetiu diversas vezes que “não podemos nos deixar enganar por esperanças artificiais; a verdadeira esperança tem rosto, e este rosto é Jesus”. É Ele quem ilumina este Ano Jubilar, conduzindo-nos como peregrinos que avançam, não por miragens, mas pela certeza de um Deus que caminha conosco.

    E quando o Senhor diz que ouviremos falar de guerras, conflitos e catástrofes, Ele não nos manda temer. A fé não é um abrigo de fuga, mas uma fortaleza de confiança. O próprio Papa Bento XVI recordava que “a esperança cristã é performativa”, ou seja, ela transforma quem a acolhe. Mesmo diante de um mundo agitado, Deus permanece firme, conduzindo a história para além do que conseguimos ver.

    Este é o sentido profundo do Natal: Deus entra no tempo para nos dizer que não estamos sozinhos. Ele nasce pobre para enriquecer nosso coração. Nasce pequeno para levantar o que está caído. Nasce frágil para sustentar nossas fraquezas. E neste Ano Jubilar, somos chamados a deixar que este Menino nos torne peregrinos que avançam com confiança, mesmo quando tudo ao redor parece incerto.

    Querido povo de Deus, se as “pedras” das nossas seguranças humanas caem, alegremo-nos: permanece Aquele que é a Pedra Angular. Cristo é nossa paz, nossa estabilidade, nossa razão de caminhar. Nada no mundo é definitivo, mas Deus é sempre fiel. Como ensinou Santa Teresa D’Avila: “Tudo passa, só Deus não muda”.

    Que este Natal reacenda em cada família da nossa Diocese de Itabuna a alegria de caminhar com o Senhor. Que, como verdadeiros peregrinos da esperança, aprendamos a confiar não no que brilha por fora, mas na luz que nasce dentro de nós.

    Que o Menino Deus abençoe nossos passos, fortaleça nossa fé e renove nossa esperança.

    E que, sustentados pela graça jubilar, possamos caminhar com coragem, certos de que Deus permanece, mesmo quando tudo parece desmoronar.

    Dom Jailton Oliveira Lino
    Bispo de Itabuna (BA)

    Fonte: Cnbb
    https://www.cnbb.org.br

  • Igreja tem participação nas atividades da COP30 nesta quarta-feira 12/11/2025 Igreja tem participação nas atividades da COP30 nesta quarta-feira

    Nesta quarta-feira, 12, membros da Igreja no Brasil participarão de atividades da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em Belém (PA). Entre elas está a Cúpula dos Povos, o Simpósio – “A Igreja Católica na COP 30 nos caminhos da Ecologia Integral: refletindo sobre justiça climática e conversão ecológica”, Tapiri Ecumênico e Inter-religioso Rumo à COP 30, e duas atividades “Arquidiocese de Belém do Pará Rumo à COP30” – um voltado para o Polo Educação e Saúde, e outro para o Polo Social.

    Lideranças dos territórios amazônicos acompanharam nesta terça-feira, 11, a roda de diálogo “Panorama Atual das Políticas de Cooperação Internacional: União Europeia, EUA, China e o papel das fundações privadas”, realizada no Tapiri Ecumênico e Inter-religioso (articulação que reforça a importância de integrar espiritualidade, território e ação na construção de respostas coletivas diante dos desafios globais).

    A atividade contou com a presença da Rede Eclesial Pan-amazônica (Repam), que integra essa articulação, e foi mediada por Soraya Tupinambá, reunindo pesquisadores, representantes da filantropia e redes da sociedade civil para debater o cenário atual da cooperação internacional.

    No período da tarde, o Tapiri ecumênico e inter-religioso promoveu uma roda de falas (sem mesa formal) para pactuar estratégias, mapear agendas em jogo, desenhar ações conjuntas e formular mensagens, dirigidas à Cúpula dos Povos e à COP30.

    Contribuição dos “Grupos de Fé”

    Também na tarde de terça-feira, o Pavilhão do Brasil na COP30 recebeu o painel “Justiça Climática, Implementação de NDCs e a Contribuição dos Grupos de Fé”, reunindo representantes religiosos, povos originários e autoridades governamentais em torno de um mesmo propósito: fortalecer a ação climática a partir da espiritualidade, do diálogo inter-religioso e do compromisso ético com a Casa Comum.

    O encontro destacou que, na América Latina e em outras regiões, o campo religioso tem papel determinante na defesa dos direitos humanos e socioambientais. Todas as tradições de fé compartilham o chamado ao cuidado com a natureza e à promoção da justiça, enquanto povos originários e comunidades tradicionais oferecem caminhos concretos para a proteção da biodiversidade e o enfrentamento da crise climática.

    Fonte: Cançao Nova Not
    https://noticias.cancaonova.com

  • Colocar Cristo no centro da vida e da missão, exorta Papa 12/11/2025 Colocar Cristo no centro da vida e da missão, exorta Papa

    O Papa Leão XIV presidiu a Missa na Basílica de Santo Anselmo no Aventino, em Roma, nesta terça-feira, 11. A celebração se deu por ocasião do aniversário de 125 anos da dedicação dessa basílica.

    Em sua homilia, o Pontífice recordou que a Basílica de Santo Anselmo no Aventino foi desejada pelo seu predecessor, Leão XIII, que promoveu a sua construção. “Em suas intenções, essa construção, junto com a do Colégio Internacional anexo, deveria contribuir para o fortalecimento da presença beneditina na Igreja e no mundo, por meio de uma unidade cada vez maior dentro da Confederação Beneditina”, comentou.

    O Santo Padre explicou que Leão XIII estava convencido de que a sua antiga Ordem pudesse ser de grande ajuda para o bem do povo de Deus em um momento rico de desafios – a passagem do século XIX para o século XX. “Também em nosso tempo não faltam desafios a enfrentar”, reconheceu o Papa, acrescentando que “as mudanças repentinas das quais somos testemunhas nos provocam e nos questionam, suscitando problemas até então inéditos”.

    Colocar Cristo no centro

    Segundo Leão XIV, essa celebração lembra os homens que, como São Pedro, São Bento e muitos outros, só se pode responder às exigências da vocação colocando Cristo no centro da existência humana e da missão. Isso se dá a partir do ato de fé que leva a reconhecer Jesus como o Salvador, traduzido na oração, no estudo e no compromisso de uma vida santa.

    Neste contexto, prosseguiu o Pontífice, tudo isso se realiza de várias maneiras. “O mosteiro, o Ateneu, o Instituto Litúrgico, as atividades pastorais ligadas à basílica, de acordo com os ensinamentos de São Bento, devem crescer cada vez mais em sinergia como uma autêntica ‘escola do serviço do Senhor’”, assinalou, indicando que pensa neste complexo como “uma realidade que deve aspirar a se tornar um coração pulsante no grande corpo do mundo beneditino”.

    Porta aberta para o eterno

    Em seguida, o Santo Padre recordou as palavras proferidas por São João Paulo II quando visitou o Ateneu, em 1º de junho de 1986, por ocasião do seu centenário de fundação: “Santo Anselmo lembra a todos […] que o conhecimento dos mistérios divinos não é tanto uma conquista do gênio humano, mas sim um dom que Deus faz aos humildes e aos que creem”.

    Por fim, Leão XIV destacou o significado dessa celebração. “A dedicação é o momento solene da história de um edifício sagrado, no qual ele é consagrado para ser um lugar de encontro entre o espaço e o tempo, entre o finito e o infinito, entre o homem e Deus: porta aberta para o eterno, onde a alma encontra resposta”, concluiu.

    Fonte: Cançao Nova Not
    https://noticias.cancaonova.com

  • A fraternidade liberta do egoísmo e da divisão, afirma Papa 12/11/2025 A fraternidade liberta do egoísmo e da divisão, afirma Papa

    Cultivar a fraternidade: este foi o centro da Catequese do Papa Leão XIV durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 12. O Pontífice esteve reunido com milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro.

    No início de sua fala, o Santo Padre recordou que a fé pascal ilumina a vida cotidiana. “Acreditar na morte e ressurreição de Cristo e viver a espiritualidade da Páscoa incute esperança na vida e encoraja-nos a investir na bondade”, afirmou.

    Segundo Leão XIV, essa atitude torna possível viver de modo autêntico o amor, que definiu como um dos grandes desafios da humanidade contemporânea. Ele também lembrou as palavras do Papa Francisco sobre a urgência de reconstruir os laços de fraternidade no mundo atual presentes na Carta Encíclica Fratelli tutti.

    O Pontífice explicou que a fraternidade nasce da própria condição humana. “Somos capazes de nos relacionar e, se quisermos, sabemos construir laços autênticos entre nós”, indicou. Essas relações sustentam e enriquecem a vida desde o início, observou o Santo Padre, advertindo contra o risco de viver fechados em si mesmo.

    “Se nos isolarmos, corremos o risco de adoecer de solidão e até de desenvolver um narcisismo que nos leva a preocupar-nos com os outros apenas por interesse próprio”, alertou.
    A fraternidade não é impossível

    Leão XIV reconheceu que a fraternidade não é algo imediato nem garantido. “Muitos conflitos, guerras e tensões sociais parecem demonstrar o contrário”, apontou. Contudo, salientou que a fraternidade não é um sonho impossível: para vencer as sombras que a ameaçam, é preciso buscar “a luz e a força n’Aquele que é o único que nos liberta do veneno da inimizade”.

    O Papa citou o exemplo de São Francisco de Assis, que se dirigia a todos com a saudação omnes fratres, expressão de uma fraternidade sem fronteiras. “Era a forma inclusiva com a qual o santo colocava todos os seres humanos no mesmo patamar, reconhecendo o seu destino comum de dignidade, diálogo, acolhimento e salvação”.

    Neste contexto, o Pontífice recordou que a palavra “todos” expressa um traço essencial do cristianismo: o Evangelho é universal, nunca exclusivo. A fraternidade cristã, prosseguiu, tem a sua raiz no mandamento deixado por Jesus: “que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12).

    “A fraternidade concedida por Cristo liberta-nos da lógica negativa do egoísmo, da divisão e da prepotência, e reconduz-nos à nossa vocação original, em nome de um amor e de uma esperança que se renovam todos os dias”, concluiu o Santo Padre.

    Fonte: Cançao Nova Not
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