Notícias -

  • A conversão de Elba Ramalho, cantora revela como a misericórdia de Deus transformou sua vida 03/07/2025 A conversão de Elba Ramalho, cantora revela como a misericórdia de Deus transformou sua vida

    Elba Ramalho é uma das vozes mais marcantes da música brasileira. Natural de Conceição, no sertão da Paraíba, conquistou o país com sua energia contagiante desde o final da década de 1970. Com uma carreira consolidada, prêmios como dois Grammys Latinos e reconhecimento por seus espetáculos inesquecíveis, Elba é também uma mulher que viveu intensamente os altos e baixos da fama — até reencontrar sua fé e transformar completamente sua vida.

    Marcada pela religiosidade popular de sua cidade natal, onde Nossa Senhora da Conceição é padroeira, Elba cresceu envolta no catolicismo: “Desde criança eu conheci o amor de Maria pelo amor da minha mãe”, afirma a cantora. Essa relação afetiva e espiritual floresceu cedo, quando ela participava das coroações marianas em sua cidade.

    Na adolescência, a mudança para o Rio de Janeiro trouxe a artista para outro universo. A liberdade dos palcos, do teatro e da vida urbana parecia sedutora. Mas, como ela mesma admite, o que parecia liberdade se tornou uma prisão. “Comecei a gostar de voar e experimentar um pouco de tudo, até que experimentei o cálice amargo, de sabores que a vida nos oferece”, compartilha com emoção.

    A reviravolta veio através de uma profunda experiência espiritual, marcada pela figura de Nossa Senhora. “Por Nossa Senhora eu fui resgatada”, revela Elba. A cantora relata um chamado interior que a levou de volta aos sacramentos, às missas e à vida de oração. “Senti o peso dos meus pecados, um chamado à conversão. Nossa Senhora me pediu para voltar para o banco da igreja que os meus pais tinham me colocado.”

    Hoje, Elba Ramalho mantém sua carreira ativa nos palcos, mas vive uma nova missão pessoal: testemunhar a misericórdia de Deus e incentivar a oração do Rosário. “Cada Ave Maria bem rezada pode parar uma guerra, pode curar uma doença, principalmente os males do espírito”, afirma. Firme na fé, ela também dedica seu tempo à defesa da vida e ao apoio de mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade.

    Entre aplausos nos palcos e orações nos bancos da igreja, Elba Ramalho mostra que a verdadeira liberdade está em viver com propósito, fé e amor. Seu testemunho é um convite à esperança e à transformação que nasce do encontro pessoal com Deus.

  • Jovens cristãos lançam projeto internacional para reacender a alma espiritual da Europa 03/07/2025 Jovens cristãos lançam projeto internacional para reacender a alma espiritual da Europa

    Uma nova revolução espiritual nasceu no coração da Igreja: jovens cristãos de toda a Europa apresentaram oficialmente no Vaticano, em 2 de julho, um projeto ousado e profundamente espiritual que visa recolocar Cristo no centro da vida europeia e reacender a fé em um continente marcado pela crise de sentido.

    Fruto de dois anos de discernimento e mobilização, a iniciativa foi idealizada pelo bispo espanhol Dom Mikel Garciandía, que enxergou na juventude um chamado à renovação espiritual da Europa por meio da Rede de Santuários de São Miguel. O projeto, inicialmente previsto para culminar com o Jubileu da Esperança em 2025, ganhou uma dimensão internacional e aponta agora para um marco ainda mais simbólico: o Jubileu da Redenção, a ser celebrado em Jerusalém em 2033.

    A proposta — intitulada "Roma 25, Caminho de Tiago 27, Jerusalém 33" — convida os jovens a um itinerário de fé que envolve peregrinação, cura interior e evangelização, acolhendo tanto cristãos convictos quanto aqueles que ainda buscam um sentido mais profundo para a vida. O projeto já conta com o apoio da Igreja em diversas frentes, incluindo a Conferência Episcopal Espanhola, a Arquidiocese de Santiago de Compostela, a Igreja em Jerusalém e o Vaticano.

    Durante a apresentação no Vaticano, o manifesto do projeto foi descrito como uma “voz viva” de uma geração que sonha, sofre e ama. “Não nasceu de um escritório, mas da ferida de uma geração que crê”, declarou Fernando Moscardó, porta-voz do movimento. “A revolução começou. O Espírito está soprando”, proclamou.

    O manifesto — que será publicado oficialmente no site do projeto e nas redes sociais sob o nome J2R2033 — está aberto à assinatura de todos que se sintam parte desta caminhada espiritual. A expectativa é que esse documento se torne um símbolo da esperança de uma juventude que não aceita ficar à margem e deseja anunciar o Evangelho com alegria.

    Além da participação de jovens representantes europeus, a apresentação contou com mensagens de apoio de autoridades eclesiais como o Cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, e o Arcebispo Paolo Giulietti, da Itália, que reforçaram o papel da peregrinação como um caminho de reencontro com as raízes espirituais da Europa.

    Relembrando o apelo de São João Paulo II para que a Europa fosse fiel a si mesma e às suas raízes cristãs, o projeto se torna uma resposta concreta e jovem a esse chamado. Como disse Dom Francisco José Prieto, de Santiago de Compostela, a iniciativa representa um “horizonte de transcendência” para os jovens do continente.

    A próxima etapa será a apresentação oficial do manifesto no evento do Jubileu da Juventude, de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma, com destaque para o dia 1º de agosto na Basílica de Santa Maria em Trastevere.

    Enquanto o mundo se debate em crises e guerras, esses jovens anunciam algo novo. Uma jornada de fé que começa com passos simples, mas com destino eterno.

    por Wander Soares

  • Chega de slogans, é hora de agir contra a fome, conclama Papa Leão XIV 30/06/2025 Chega de slogans, é hora de agir contra a fome, conclama Papa Leão XIV

    Em sua primeira mensagem à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), durante a 44ª Sessão da Conferência do organismo, o Papa Leão XIV fez um forte apelo por ações concretas no combate à fome e à má nutrição que afetam milhões em todo o mundo. A conferência ocorre no ano em que a FAO celebra seu 80º aniversário.

    Com palavras firmes e críticas diretas à inércia global diante da tragédia da fome, o Pontífice afirmou que “a Terra tem capacidade para produzir alimentos suficientes para todos os seres humanos, mas tantos pobres continuam sem o pão nosso de cada dia”. Ele alertou que o agravamento da insegurança alimentar torna cada vez mais distante a meta de “Fome Zero” da Agenda 2030.

    Fome como instrumento de guerra

    Um dos pontos mais contundentes da mensagem foi a denúncia do uso da fome como arma de guerra. “Matar de fome a população é uma forma muito barata de fazer guerra”, declarou o Papa. Ele destacou que a destruição de plantações, o roubo de gado e o bloqueio de ajuda humanitária se tornaram táticas comuns de dominação em conflitos armados conduzidos por grupos civis.

    Leão XIV também criticou duramente a impunidade diante de tais práticas: “Enquanto os civis emagrecem pela miséria, as elites políticas engordam com a corrupção.” O Papa pediu limites claros e sanções internacionais para combater esses abusos.

    Fim da era dos slogans e promessas vazias

    Segundo o Papa, o tempo das palavras vazias precisa acabar. “É imperativo passar das palavras às ações, encerrando de vez a era dos slogans e das promessas enganadoras”, afirmou, convocando os líderes mundiais a agirem com coragem e responsabilidade, especialmente em relação às futuras gerações.

    Para Leão XIV, é inaceitável que a inação de hoje transfira às crianças de amanhã um mundo mais desigual, faminto e injusto.

    Fome, crise climática e desigualdade: um ciclo perverso

    O Santo Padre também destacou a conexão entre sistemas alimentares, crise climática e desigualdade social. Ele lembrou que a degradação ambiental impacta diretamente a segurança alimentar, agravando a situação de populações já vulneráveis.

    “Não basta produzir alimentos. É fundamental garantir que os sistemas alimentares sejam sustentáveis e proporcionem dietas saudáveis e acessíveis para todos”, afirmou o Papa, propondo um modelo que una ecologia integral e justiça social.

    Dinheiro para armas, não para alimentos

    O Pontífice fez ainda uma crítica contundente ao desvio de recursos financeiros e tecnológicos para a indústria bélica, em vez de serem aplicados no combate à pobreza. Ele condenou a polarização ideológica global, que, segundo ele, “esfria relações humanas, deteriora a comunhão e destrói a fraternidade”.

    Chamado à fraternidade e à paz

    Encerrando sua mensagem, o Papa Leão XIV exortou a comunidade internacional a tornar-se “artesã da paz”, agindo pelo bem comum e pelos mais vulneráveis. Ele assegurou que a Santa Sé seguirá comprometida com a concórdia entre os povos e com a superação da miséria por meio da cooperação fraterna.

    “Jamais foi tão urgente como agora que nos tornemos artesãos da paz”, concluiu, invocando a bênção de Deus sobre os trabalhos da FAO e desejando que os frutos da conferência revertam em benefício dos desvalidos e de toda a humanidade.

    Fonte: Vatican Newshttps://www.vaticannews.va

  • CNBB apresenta documento sobre justiça climática e COP30 em coletiva no dia 1º de julho 30/06/2025 CNBB apresenta documento sobre justiça climática e COP30 em coletiva no dia 1º de julho

    A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza nesta segunda-feira, 1º de julho, às 10h30, uma coletiva de imprensa em sua sede em Brasília (Setor de Embaixadas Sul, Quadra 801, Conjunto B – Asa Sul). O objetivo é apresentar oficialmente o documento intitulado “Um chamado por justiça climática e a Casa Comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções”.

    A publicação expressa a visão da Igreja Católica do Sul Global diante da crise climática e traz posicionamentos firmes em relação às propostas e desafios que estarão em pauta na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada no Brasil, em novembro.

    O texto será entregue no mesmo dia, em Roma, ao Papa Leão XIV, pelo presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), cardeal Jaime Spengler; pelo cardeal Fridolin Ambongo Besungu, representante das Conferências Episcopais da África; e pelo cardeal Felipe Neri, representante das Conferências Episcopais da Ásia.

    Incidência internacional e diálogo com autoridades brasileiras

    Antes de chegar ao Vaticano, o documento foi utilizado pela Igreja como base de diálogo durante a Conferência de Bonn, na Alemanha (16 a 26 de junho), uma das etapas preparatórias à COP30. No Brasil, o material também será entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda no dia 1º de julho, e será apresentado ao Congresso Nacional durante audiência pública na Câmara dos Deputados, marcada para o dia 3 de julho.

    Durante a coletiva de imprensa em Brasília, estarão presentes o primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros, e o presidente da Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração da CNBB, dom Vicente de Paula Ferreira. De Roma, o cardeal Spengler enviará um vídeo relatando como foi a entrega e a recepção do documento pelo Santo Padre.

    Ação pelo planeta e compromisso com o futuro

    A ação integra as atividades do Junho Verde, campanha promovida pela CNBB em defesa da Casa Comum e pela sustentabilidade. O documento é descrito como um chamado à conversão ecológica, com denúncias sobre falsas soluções climáticas e propostas concretas voltadas à justiça ambiental.

    Profissionais de imprensa interessados em cobrir o evento devem confirmar presença pelo e-mail [imprensa@cnbb.org.br](mailto:imprensa@cnbb.org.br) ou pelo telefone (61) 2103-8300.

    por Wander Soares

    Com informações de https://www.cnbb.org.br/coletiva-de-imprensadia-1o-de-julho-sobre-documento-com-posicao-da-igreja-sobre-a-cop30-que-sera-entregue-ao-papa/

    Fonte: Cnbbhttps://www.cnbb.org.br

  • A droga e as dependências são uma prisão invisível a combater, alerta Papa Leão XIV 26/06/2025 A droga e as dependências são uma prisão invisível a combater, alerta Papa Leão XIV

    Este 26 de junho é o Dia Internacional de Combate às Drogas e o Pontífice recebeu cerca de 3.500 pessoas no Vaticano, convocando os jovens a serem protagonistas "da renovação de que nossa Terra tanto precisa". A jornada de conscientização "nos compromete em uma luta que não pode ser abandonada enquanto alguém ainda estiver aprisionado nas diversas formas de dependência": "juntos, sobre cada dependência que degrada, faremos prevalecer a dignidade infinita impressa em cada um".

    No Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, instituído há 38 anos pela ONU para conscientizar a população global sobre os problemas sociais criados pelo fenômeno, o Papa Leão XIV recebeu cerca de 3500 pessoas no Pátio São Dâmaso. "A presença de vocês aqui é um testemunho de liberdade", disse o Pontífice, ao acrescentar:

    “A droga e as dependências são uma prisão invisível que vocês, de diferentes maneiras, conheceram e combateram, mas todos nós somos chamados à liberdade. Ao encontrá-los, penso no abismo do meu coração e de cada coração humano.”

    Dados do fenômeno no Brasil e no mundo

    Atualmente, o uso e abuso de álcool e outras drogas constituem um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo, por isso a jornada desta quinta-feira, 26 de junho, enfatiza a necessidade de planejar ações de combate à dependência química e ao tráfico de drogas. Segundo o Relatório Mundial do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgado nesta quarta-feira (25/06) com a análise mais recente das estimativas e tendências da procura e oferta de drogas, em 2023 quase 316 milhões de pessoas usaram alguma forma de droga (excluindo álcool e tabaco), ou seja, 6% da população mundial entre os 15 e 65 anos (em comparação com 5,2% em 2013). A cannabis continua sendo a droga mais usada. No Brasil, a 3ª edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), divulgada no início de junho, revelou que o número de pessoas que fizeram uso recente de cocaína e crack no país permaneceu estável na última década. Mesmo assim, o Brasil é a segunda nação no mundo, atrás apenas dos EUA, com maior consumo dessas duas drogas.

    Combater o mal juntos

    O Ano Santo do Jubileu, porém, recordou o Papa em discurso, leva esperança a todos, especialmente a quem tem "a dignidade tantas vezes diminuída ou negada". Uma esperança que é "a luz reencontrada através de um grande trabalho", como a imagem proposta por Leão XIV de Jesus ao encontrar os discípulos no cenáculo na noite da Páscoa:

    "Traz a paz, recria-os com o perdão, sopra sobre eles: infunde-lhes o Espírito Santo, que é o sopro de Deus em nós. Quando falta o ar, quando falta o horizonte, a nossa dignidade murcha. Não esqueçamos que Jesus ressuscitado vem novamente e traz o seu sopro! Ele faz isso frequentemente através das pessoas que vão além das nossas portas fechadas e que, apesar de tudo o que possa ter acontecido, veem a dignidade que esquecemos ou que nos foi negada."

    O Papa convida, assim, para "vencer o mal", "combater a injustiça" e "encontrar a alegria" juntos. Basta olhar "ao nosso redor" e "ler nos rostos uns dos outros" uma atitude que "que nunca trai: juntos". Sobretudo neste Dia Internacional de Combate às Drogas:

    "O dia de hoje, irmãos e irmãs, nos compromete em uma luta que não pode ser abandonada enquanto, ao nosso redor, alguém ainda estiver aprisionado nas diversas formas de dependência. O nosso combate é contra quem faz das drogas e de qualquer outra dependência – pensemos no álcool ou no jogo de azar – seu imenso negócio. Existem enormes concentrações de interesses e organizações criminosas ramificadas que os Estados têm o dever de desmantelar. É mais fácil combater as suas vítimas. Com demasiada frequência, em nome da segurança, travou-se e continua-se a travar a guerra contra os pobres, enchendo as prisões com aqueles que são apenas o último elo de uma cadeia de morte. Quem segura a cadeia nas suas mãos, por outro lado, consegue ter influência e impunidade. As nossas cidades não devem ser libertadas dos marginalizados, mas da marginalização; não devem ser limpas dos desesperados, mas do desespero."

    Ao invés da dependência, a dignidade

    O Jubileu, afirmou o Papa, nos indica "a cultura do encontro como caminho para a segurança, nos pede a restituição e a redistribuição das riquezas injustamente acumuladas, como caminho para a reconciliação pessoal e civil". Assim, "vamos seguir juntos, então, multiplicando os lugares de cura, de encontro e de educação: percursos pastorais e políticas sociais que comecem na rua e nunca deem ninguém por perdido", exortou Leão XIV, ao convocar os jovens a serem os protagonistas "da renovação de que nossa Terra tanto precisa", porque "Deus faz grandes coisas com aqueles que liberta do mal":

    "Se vocês se sentiram rejeitados e acabados, agora não são mais. Os erros, os sofrimentos, mas sobretudo o desejo de vida que vocês carregam, fazem de vocês testemunhas de que é possível mudar. A Igreja precisa de vocês. A humanidade precisa de vocês. A educação e a política precisam de vocês. Juntos, sobre cada dependência que degrada, faremos prevalecer a dignidade infinita impressa em cada um."

    Fonte: Vatican Newshttps://www.vaticannews.va

  • Sejam homens de comunhão, com coração aberto e casa acolhedora, pede Papa Leão XIV aos bispos no Jubileu 26/06/2025 Sejam homens de comunhão, com coração aberto e casa acolhedora, pede Papa Leão XIV aos bispos no Jubileu

    Durante o Jubileu dos Bispos, celebrado em Roma nesta quarta-feira, 25 de junho, o Papa Leão XIV dirigiu um discurso profundo e pastoral a cerca de 400 bispos de diversas partes do mundo. O encontro aconteceu após a peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro e uma celebração eucarística. O Santo Padre traçou um verdadeiro retrato espiritual do Pastor, exortando os bispos a serem homens de comunhão, esperança, caridade pastoral e fé profunda, sempre atentos às dores e esperanças do povo de Deus.

    O bispo é o princípio visível de unidade na Igreja particular que lhe foi confiada”, afirmou o Papa, convidando os pastores a promoverem a comunhão entre os diversos ministérios e a Igreja universal. Leão XIV destacou que o bispo deve ser, acima de tudo, um homem de vida teologal, completamente dócil ao Espírito Santo e ancorado na fé, mesmo diante das provações.

    Pastores com esperança e coração próximo do povo

    Segundo o Papa, o verdadeiro Pastor é aquele que sustenta o povo em momentos de crise, não com receitas prontas, mas com a proximidade e a simplicidade do Evangelho vivido. Diante do abandono das famílias, do desalento dos jovens e da solidão dos idosos, “o Bispo está próximo e oferece comunidades que vivem a partilha e a esperança”.

    Esse testemunho também se expressa no estilo de vida. O Papa pediu que os bispos vivam a pobreza evangélica, com simplicidade, desapego e generosidade:

    “Os pobres devem encontrar neles um pai e um irmão. Não devem sentir-se desconfortáveis ao encontrá-los ou ao entrar em sua casa.”

    Virtudes do Pastor: prudência, castidade e diálogo

    Entre as virtudes indispensáveis ao ministério episcopal, o Papa destacou a prudência pastoral, que se traduz em sabedoria prática no governo da diocese, e a capacidade de diálogo e escuta sinodal*. Leão XIV também reforçou a importância da vivência autêntica do celibato e da castidade, não apenas como disciplina, mas como entrega generosa a Cristo e sinal visível da santidade da Igreja.

    O Papa chamou ainda os bispos a cultivarem virtudes humanas essenciais, como lealdade, paciência, sinceridade, domínio de si, alegria, escuta e disponibilidade para o serviço.

    “Sem excluir ninguém”: comunhão como marca do episcopado

    Na conclusão do discurso, o Papa Leão XIV invocou a intercessão da Virgem Maria e dos Santos Pedro e Paulo, pedindo que os bispos cultivem uma profunda comunhão com seus presbíteros:

    “Cada presbítero, sem excluir ninguém, deve experimentar a paternidade, a fraternidade e a amizade do bispo. Esse espírito de comunhão encoraja os presbíteros em seu ministério e faz crescer a Igreja particular na unidade.”

    Com palavras firmes e cheias de ternura, o Pontífice traçou um modelo exigente e evangélico para os bispos do nosso tempo, reforçando que a missão do Pastor passa, antes de tudo, pelo testemunho de vida, pela proximidade com o povo e pela busca sincera da unidade e da santidade. O Jubileu dos Bispos, inserido na preparação para o Ano Santo 2025, é um sinal de renovação e compromisso com uma Igreja que deseja ser casa de portas abertas para todos.

    por Wander Soares

    Com informações de Vatican Newshttps://www.vaticannews.va

  • As três armas do Coração de Jesus para a luta espiritual 26/06/2025 As três armas do Coração de Jesus para a luta espiritual

    Santa Margarida Maria Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, recebeu do Senhor “três armas” para a luta espiritual neste mundo e para, finalmente, alcançar a própria purificação e transformação.

    Primeira arma

    Santa Margarita confessou que nada era mais doloroso do que ver Jesus incomodado por alguma falta que ela tivesse cometido. Certo dia, Jesus disse: “Saibas que sou um Mestre santo e ensino a santidade. Sou puro e não posso suportar a menor mancha. Por isso, deves agir na simplicidade do coração com reta e pura e intenção, na minha presença”.

    Pois não posso sofrer o menor desvio e te ensinarei que se o excesso do meu amor me moveu a ser o seu Mestre para ensinar-te e formar-te no meu caminho e segundo meus desígnios, não posso suportar as almas tíbias e covardes, e se sou manso para sofrer tuas fraquezas, não serei menos severo e exato em corrigir tuas infidelidades”.

    Segunda arma

    Jesus repreendia severamente Santa Margarida por suas faltas à obediência aos seus superiores ou à sua regra.

    Uma vez, ao corrigi-la, disse-lhe: “Eu rejeito tudo isso como fruto corrompido pelo amor próprio, o qual em uma alma religiosa me causa horror, e preferiria vê-la gozando de todas as suas pequenas comodidades por obediência do que martirizando-se com austeridades e jejuns por vontade própria”.

    Em outra ocasião, Cristo revelou a ação do diabo com os indisciplinados. “Escuta, minha filha, não creiais irrefletidamente em qualquer espírito e não te fieis nele, porque satanás está furioso e quer te enganar. Não faças nada sem aprovação daqueles que te conduzem, a fim de que, contando com a autoridade da obediência, ele não possa te enganar, já não tem qualquer poder sobre os obedientes”.

    Terceira arma

    Um dia, a santa viu uma grande cruz coberta de flores e Jesus lhe manifestou que “estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor”.

    Mais tarde, a santa chegaria a dizer-lhe: “Nada quero sem teu Amor e tua Cruz, e isto me basta para ser boa religiosa, que é o que desejo”.

    Estas armas espirituais permitiram que a santa fosse crescendo em santidade e que, pouco a pouco, Jesus Cristo revelasse alguns desejos do seu coração.

    Em seus escritos, ela deixaria como legado a seguinte mensagem: “Só o coração humilde pode entrar no Sagrado Coração de Jesus, conversar com Ele, amá-lo e ser amado por Ele”.

    Fonte: ACI Digitalhttps://www.acidigital.com

  • Jubileu dos Sacerdotes reúne padres de todo o mundo em Roma para celebrar a esperança e renovar a missão 26/06/2025 Jubileu dos Sacerdotes reúne padres de todo o mundo em Roma para celebrar a esperança e renovar a missão

    Teve início nesta quarta-feira, 25 de junho, em Roma, o Jubileu dos Sacerdotes, evento que integra o calendário oficial do Ano Santo 2025. A iniciativa reúne presbíteros de diversos países em um itinerário de três dias marcado por oração, formação, peregrinação e comunhão, reforçando o espírito de fraternidade e renovação espiritual entre os ministros ordenados.

    A delegação brasileira teve um momento especial na manhã do primeiro dia, reunindo cerca de 160 padres no Colégio Pio Brasileiro, onde participaram de uma celebração eucarística presidida pelo cardeal Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Após a missa, houve confraternização entre os participantes, fortalecendo os laços entre os presbíteros brasileiros.

    Segundo o padre André Luís do Vale, presidente da Comissão Nacional de Presbíteros, a programação do Jubileu oferece momentos específicos para os brasileiros, além de atividades organizadas em âmbito internacional pelos Dicastérios do Vaticano.

    Catequeses e Peregrinação Jubilar

    Ainda no dia 25, o evento teve sua abertura internacional com catequeses simultâneas conduzidas por bispos em 12 igrejas do centro de Roma, organizadas por grupos linguísticos. Esse momento marcou o início da vivência espiritual dos sacerdotes como “peregrinos da esperança”, lema central do Ano Santo.

    Na quinta-feira, 26 de junho, os participantes celebrarão a Eucaristia na Basílica de São Pedro, em missa presidida pelo cardeal Lazzaro You, prefeito do Dicastério para o Clero. Em seguida, realizarão a peregrinação às Portas Santas das Basílicas Papais, um dos ritos centrais do Jubileu. À noite, haverá uma Vigília de Oração, também na Basílica de São Pedro, presidida por dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. A vigília contará com testemunhos de um seminarista, um bispo e um sacerdote, vindos de diferentes partes do mundo, representando a diversidade e a unidade do presbitério universal.

    Ordenações Presbiterais e Encerramento

    O ponto alto do Jubileu será na sexta-feira, 27 de junho, com a celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, presidida pelo Papa Leão XIV. Durante a missa, serão ordenados 31 novos presbíteros, de países como Brasil, Itália, Índia, Angola, Nigéria, Vietnã e Ucrânia. A ordenação será um sinal visível da vitalidade e do compromisso da Igreja com a missão evangelizadora.

    A programação do Jubileu é organizada pelo Dicastério para o Clero e pelo Dicastério para a Evangelização, e se insere na preparação do Jubileu 2025, que convida todos os fiéis a redescobrir a esperança como força transformadora da vida cristã.

    Mais que um evento, o Jubileu dos Sacerdotes é uma profunda experiência de fé, unidade e renovação vocacional, inspirando os presbíteros do mundo inteiro a prosseguirem firmes na missão, com o coração configurado ao de Cristo, Bom Pastor.

    por Wander Soares

    com informações de: https://www.cnbb.org.br/jubileu-dos-sacerdotes-reune-padres-do-mundo-inteiro-em-roma-com-celebracoes-catequeses-e-ordenacoes-presbiterais/

  • Bispos de todo o mundo celebram o Jubileu em Roma: Um testemunho de esperança e comunhão com o Papa 26/06/2025 Bispos de todo o mundo celebram o Jubileu em Roma: Um testemunho de esperança e comunhão com o Papa

    Em um gesto de comunhão e renovação espiritual, cerca de 400 bispos de mais de 50 países participaram, na manhã de 25 de junho, das celebrações do Jubileu dos Bispos em Roma, inseridas no contexto do Ano Santo da Esperança. A delegação brasileira esteve presente com aproximadamente 30 prelados, unindo-se ao grupo internacional em um momento marcante de oração, peregrinação e escuta do Papa Leão XIV.

    A programação começou com a acolhida solene no Braccio di Costantino, onde os bispos receberam os paramentos próprios do Ano Santo – estola, casula e mitra. Em seguida, foi realizada a peregrinação até a Porta Santa da Basílica de São Pedro, um dos momentos mais simbólicos do Jubileu.

    A missa no Altar da Cátedra, presidida pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito emérito do Dicastério para os Bispos, reuniu os pastores em torno da Eucaristia, expressão máxima da comunhão eclesial. catequese do Papa Leão XIV, que os encorajou a serem testemunhas da esperança e homens de comunhão.

    Um Pastor Segundo o Coração de Deus

    Na sua exortação, o Pontífice refletiu sobre o perfil do bispo, destacando a importância de ser “homem de esperança”, sobretudo nos momentos difíceis enfrentados pelo povo. Segundo Leão XIV, o bispo deve ser presença firme e próxima, sustentando pela virtude teologal, e não apenas portador de soluções fáceis.

    O Papa sublinhou também as qualidades essenciais do ministério episcopal: prudência pastoral, pobreza evangélica, castidade vivida no celibato e virtudes humanas como lealdade, paciência, escuta atenta e abertura de coração. O bispo, afirmou, deve ser ao mesmo tempo pai e irmão dos pobres, acessível, enraizado na fé e comprometido com a comunhão eclesial.

    Profissão de Fé e Envio

    O Jubileu teve seu ápice com a Profissão de Fé no túmulo de São Pedro, onde os bispos, de forma solene e conjunta, renovaram seus compromissos com o Evangelho e com o serviço ao povo de Deus. O gesto simbolizou a continuidade da missão apostólica confiada à Igreja.

    O dia jubilar foi encerrado com um almoço fraterno no Pontifício Seminário Romano Maior, reafirmando o espírito de unidade e partilha entre os pastores.

    Encerrando sua catequese, o Papa fez um último apelo:

    “Que cada presbítero experimente a paternidade, a fraternidade e a amizade do Bispo. Este espírito de comunhão faz crescer a Igreja na unidade.”

    O Jubileu dos Bispos reafirmou o chamado à missão, à esperança e à construção de uma Igreja unida, próxima do povo e fiel ao Evangelho de Cristo.

    por Wander Soares

  • Sonhar Juntos, Agir Agora: Entre a Solidariedade e o Compromisso com a Casa Comum 26/06/2025 Sonhar Juntos, Agir Agora: Entre a Solidariedade e o Compromisso com a Casa Comum

    “Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente; precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos auxilie e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar em frente. Como é importante sonhar juntos! Sozinho, corre-se o risco de ter miragens, vendo aquilo que não existe; é junto que se constroem os sonhos.” A reflexão do Papa Francisco, mais do que uma citação inspiradora, é um chamado urgente à responsabilidade coletiva.

    Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi duramente atingido por uma tragédia climática sem precedentes. Diante da destruição, brotou uma onda de solidariedade que emocionou o país. Comunidades se uniram, voluntários se multiplicaram e diversos setores da sociedade exigiram ações concretas: ajuda financeira, reconstrução de moradias, políticas preventivas.

    No entanto, treze meses depois, o cenário se repetiu. As chuvas voltaram intensas, com novas perdas humanas, materiais e emocionais. E novamente, os mesmos discursos: “choveu acima da média”, “não é possível prever”, “estamos empenhados em ajudar”. Embora tais falas tenham seu valor, é inegável: a urgência da situação exige mais do que palavras. A burocracia, a lentidão e a falta de transparência impedem que a solidariedade se transforme em políticas públicas eficazes e duradouras.

    Vivemos hoje não mais apenas na “sociedade do cansaço”, mas na “sociedade do medo”. O medo que assombra os mais pobres, que convivem diariamente com a insegurança, a precariedade e agora, com a ameaça constante de novas tragédias naturais. O medo que paralisa, mas que também pode mobilizar.

    A dor da terra, como dizia São Paulo, são dores de parto. A natureza grita, chora, geme. E muitos ainda insistem em negar a responsabilidade humana na degradação ambiental. Apesar disso, vozes proféticas se levantam. Entre elas, a de Francisco, o Papa, que tem sido incansável em lembrar que a criação é sagrada, que a Casa Comum precisa ser cuidada e que a fé verdadeira exige compromisso concreto com a justiça ecológica.

    Não basta esperar do poder público. É preciso agir. Cada cidadão pode – e deve – contribuir com pequenas atitudes: separar corretamente o lixo, zelar pelos espaços públicos, evitar o descarte irregular de resíduos, fiscalizar, cobrar, participar.

    É juntos que se constroem os sonhos, repete o Papa. E esse sonho comum, de um futuro sustentável, seguro e digno para todos, depende do esforço compartilhado de hoje. Que a tragédia não se repita apenas como lamento, mas como ponto de virada. O tempo é agora. A reconstrução é coletiva. E a esperança, se for sonhada junto, pode se tornar realidade.

    Com informações de https://www.cnbb.org.br/lagrimas-da-casa-comum/

    Por Wander Soares

Publicidade Publicidade